ATA DA DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 15-3-2004.

 


Aos quinze dias do mês de março de dois mil e quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Carlos Pestana, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães e Zé Valdir. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Darci Campani, Elias Vidal, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Sebastião Melo, Valdir Caetano e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Cassiá Carpes, o Pedido de Providências n° 456/04 (Processo n° 1315/04); pelo Vereador João Antonio Dib, o Pedido de Providências n° 453/04 (Processo n° 1309/04); pelo Vereador Nereu D'Avila, o Projeto de Lei do Legislativo n° 049/04 (Processo n° 1250/04). Ainda, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos pela Senhora Presidenta, solicitando desarquivamento de Processos: de autoria do Vereador Dr. Goulart, com referência ao Projeto de Lei do Legislativo n° 145/03 (Processo n° 2903/03); de autoria do Vereador Marcelo Danéris, com referência ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/02 (Processo nº 2734/02). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 0094, 0227, 0350 e 1164/04, do Senhor Reginaldo Muniz Barreto, Diretor-Executivo do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde; 390/04, do Senhor Gilberto Chiapinotto, Gerente de Desenvolvimento Urbano da Caixa Econômica Federal – CEF; Comunicado n° 4371/04, do Senhor José Henrique Paim Fernandes, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Na ocasião, o Vereador Reginaldo Pujol manifestou-se a respeito da ordem de inscrição dos oradores para o período de Comunicações da presente Sessão. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Raul Carrion referiu-se à situação de moradores ocupantes de área localizada na Rua Atílio Supertti, mencionando as tratativas de Deputados Estaduais feitas junto ao Governo Federal e as intervenções desta Casa, a fim de que se consiga um acordo para a transferência pacífica dessas famílias para outra área. Nesse sentido, anunciou reunião a ser realizada pela Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação, a fim de encaminhar esse assunto. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Reginaldo Pujol comentou a conquista de medalha de ouro pela ginasta gaúcha Daiane dos Santos, na etapa da Copa do Mundo de Ginástica Olímpica, realizada em Lyon, na França, lembrando as dificuldades pelas quais passou essa atleta no início de sua carreira. Também, mencionou matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, sobre o número de empregos gerados pelas casas de bingos em todo o território brasileiro. O Vereador João Bosco Vaz debateu as dificuldades enfrentadas pelos esportes olímpicos no Brasil, lamentando não existir legislação de incentivo fiscal às atividades esportivas, ao contrário do que acontece na área da cultura. Ainda, destacando a gestão do Senhor Olívio Dutra, ex-Governador do Estado, em relação à elaboração de projetos na área esportiva, propugnou pelo aprofundamento dos debates, a fim de implementar uma legislação de valorização dos esportes no País. O Vereador Pedro Américo Leal debateu crime ocorrido no dia onze de março do corrente em Viamão, no qual cinco crianças da mesma família foram assassinadas, posicionando–se favoravelmente à instauração do pena de morte no País. Também, criticou a Lei Federal nº 8.069/90, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, em relação à parte infracional, comentando a abordagem do assunto feita hoje pelo programa Polêmica, da Rádio Gaúcha. O Vereador Juarez Pinheiro contraditou o discurso realizado pelo Vereador Pedro Américo Leal, em Comunicações, o qual externou seu posicionamento favorável à instauração da pena de morte no País. Ainda, reportou-se à suspensão da Comissão Parlamentar de Inquérito para Averiguar Irregularidades nos Serviços Prestados pelo Sistema Único de Saúde – SUS – no Município de Porto Alegre, discorrendo acerca dos investimentos feitos na área da saúde pública na Cidade. A Vereadora Maristela Maffei lembrou o período em que o País viveu sob a intervenção do Regime Militar, criticando o discurso do Vereador Pedro Américo Leal, em Comunicações, relativamente a dispositivos contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Em relação ao assunto, enfatizou a importância de que sejam respeitados os direitos dos menores, como ponto fundamental para a construção da cidadania e manutenção da democracia no País. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Ervino Besson criticou a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio – SMIC, por não renovar o alvará de licenciamento para o Senhor Marcus Vinicius de Mello, que trabalha como vendedor ambulante de cachorro-quente, argumentando que esse comerciante exerce suas atividades há dez anos, em condições adequadas de trabalho, e que, nesse período, sempre teve seu alvará deferido. Na ocasião, a Senhora Presidenta registrou a presença do Senhor Luís Henrique Martins dos Anjos, Procurador Regional da Advocacia-Geral da União da 4ª Região. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos Alberto Garcia questionou o posicionamento do Governador do Estado quanto à possibilidade de regulamentação de áreas e horários para o trabalho das prostitutas em Porto Alegre, aludindo à reunião realizada nesta Casa, sobre o assunto, pela Comissão Especial para tratar do uso de bebidas alcoólicas e de drogas por menores e jovens, bem como prostituição infantil e exploração de menores em “situação de rua” na cidade de Porto Alegre. Em Comunicações, o Vereador Renato Guimarães criticou o Governo do Estado em relação à destinação de verbas para a área da saúde pública, alegando que dotações orçamentárias aprovadas para esse fim não foram cumpridas. Sobre o tema, cobrou a execução do Programa Assistência Farmacêutica, em nível estadual, solicitando reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente deste Legislativo para debater as repercussões dessa problemática no âmbito do Município. Na oportunidade, o Vereador Sebastião Melo manifestou-se em relação ao pronunciamento do Vereador Renato Guimarães, em Comunicações. Em Comunicações, o Vereador Haroldo de Souza contestou o Vereador Renato Guimarães, pelas críticas feitas ao Governo Estadual na área da saúde e divergiu da condução do Programa Fome Zero em nível federal. Também, posicionou-se contrariamente ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03 e à suspensão judicial da Comissão Parlamentar de Inquérito para Averiguar Irregularidades nos Serviços Prestados pelo Sistema Único de Saúde – SUS – no Município de Porto Alegre. O Vereador Nereu D'Avila reportou-se ao livro “A Sobrevivente”, de autoria do escritor Tailor Diniz, no qual é retratada a história da Senhora Hertha Spier, que sobreviveu à passagem por três campos de concentração na Polônia e na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, discorreu a respeito da trajetória de vida da Senhora Hertha Spier, lembrando sua chegada a Porto Alegre e as dificuldades que enfrentou para criar os filhos. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 042/04 e 468/03, este discutido pelo Vereador Darci Campani, o Projeto de Resolução nº 040/04; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nos 001/04, discutido pelo Vereador João Antonio Dib, 002/04, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Sebastião Melo, e 003/04, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 001/04, o Projeto de Lei Complementar do Executivo no 014/03, os Projetos de Resolução nos 123 e 124/03 e 052/04, os Projetos de Lei do Legislativo nos 192/02 e 107/03, este discutido pelos Vereadores Darci Campani, Cláudio Sebenelo e Ervino Besson, 388, 427 e 482/03, 003, 017, 023, 029, 036 e 040/04; em 3ª Sessão, os Projetos de Resolução nos 078 e 125/03, 002, 003, 005, 006, 038, 050 e 053/04, os Projetos de Lei do Legislativo nos 385/03, 004, 005, 024, 031, 033, 034, 035, 037 e 038/04, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 013/03, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 001/04. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Sebastião Melo referiu-se à ocupação, por famílias carentes, de área localizada na Rua Atílio Supertti. Também, requereu a realização de Audiência Pública para debater os Projetos de Lei Complementar do Executivo nos 008 e 010/03, comentou a política de saúde vigente no Estado e informou que, amanhã, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente visitará o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. O Vereador João Antonio Dib solicitou a retirada do artigo 81 da Lei Orgânica do Município, com referência à inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03. Nesse sentido, afirmou que não existe nenhum parecer de Comissão Permanente sobre a matéria e que Vereadores e municipários ainda possuem dúvidas acerca dos índices de reajuste da alíquota de contribuição previdenciária solicitados pelo Poder Executivo. O Vereador Cassiá Carpes comentou a possibilidade de saída do Vereador Adeli Sell da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio e sua substituição pelo Senhor Édson Silva, integrante do PCdoB. Também, criticou o Governo Municipal, declarando que em Porto Alegre não existe qualquer possibilidade de o Partido Trabalhista Brasileiro se coligar com o Partido dos Trabalhadores com vistas às eleições municipais do corrente ano. O Vereador Carlos Pestana manifestou-se acerca do pronunciamento do Vereador Sebastião Melo, no qual Sua Excelência propõe a realização de Audiência Pública na Casa para debater os Projetos de Lei Complementar do Executivo nos 008 e 010/03. Ainda, discorreu sobre o reconhecimento local, nacional e internacional alcançado por Porto Alegre nos dezesseis anos em que o Partido dos Trabalhadores se mantém na direção da Prefeitura Municipal. O Vereador Luiz Braz questionou a eficiência na solução de questões habitacionais por meio do Programa de Orçamento Participativo vigente em Porto Alegre. Igualmente, criticou o tratamento dado ao assunto pelo Departamento Municipal de Habitação, exemplificando com a atuação desse Departamento no referente à ocupação, por famílias carentes, de área de propriedade da empresa Marsiaj Oliveira Incorporações Imobiliárias Ltda. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 108/01, considerando-se mantido o Veto Total a ele aposto, por quinze votos SIM e sete votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Sebastião Melo, Carlos Pestana, João Antonio Dib, Ervino Besson e Cassiá Carpes, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Sebastião Melo e Wilton Araújo e Não os Vereadores Darci Campani, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion e Zé Valdir. Na oportunidade, os Vereadores Carlos Pestana e Aldacir Oliboni registraram sua intenção de votar contrariamente ao Projeto de Lei do Legislativo nº 108/01. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Carlos Pestana, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Também, o Vereador Sebastião Melo formulou Requerimento, subscrito pelos Vereadores Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Beto Moesch, Carlos Pestana, João Bosco Vaz, Reginaldo Pujol e pela Vereadora Clênia Maranhão, solicitando a realização de Audiência Pública, com a finalidade de obter maiores esclarecimentos sobre os Projetos de Lei Complementar do Executivo nos 008 e 010/03, tendo a Senhora Presidenta encaminhado o Requerimento à Diretoria Legislativa para processamento e instrução. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 428/03, por vinte e cinco votos SIM, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Valdir Caetano, Wilton Araújo e Zé Valdir. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 004/02. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 180/01, o qual teve sua discussão adiada por duas Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Juarez Pinheiro, tendo se manifestado a respeito o Vereador João Bosco Vaz. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 181/01. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 010/03, com ressalva da Emenda a ele aposta, após ser discutido pelo Vereador Wilton Araújo. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 010/03, por quinze votos SIM e dez votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Isaac Ainhorn, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Darci Campani, Elói Guimarães, João Bosco Vaz, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Raul Carrion, Renato Guimarães, Valdir Caetano, Wilton Araújo e Zé Valdir e Não os Vereadores Beto Moesch, Cláudio Sebenelo, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Pedro Américo Leal e Reginaldo Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 026/03, com ressalva das Emendas a ele apostas, por dezoito votos SIM, dois votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Isaac Ainhorn, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Renato Guimarães, Wilton Araújo e Zé Valdir, Não os Vereadores Isaac Ainhorn e Reginaldo Pujol e optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Na oportunidade, face Questão de Ordem formulada pelo Vereador Isaac Ainhorn, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca da discussão das Emendas apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 026/03. Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 01 e 02 apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 026/03, por vinte e dois votos SIM, três votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Darci Campani, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Raul Carrion, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Wilton Araújo e Zé Valdir, Não os Vereadores Isaac Ainhorn, João Antonio Dib e Reginaldo Pujol e optado pela Abstenção o Vereador Pedro Américo Leal. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 147/03, por vinte e um votos SIM e dois votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Haroldo de Souza, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Darci Campani, Elias Vidal, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Renato Guimarães, Wilton Araújo e Zé Valdir e Não os Vereadores Haroldo de Souza e João Antonio Dib. Em Discussão Geral e Votação foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 202, 305, 334, 340, 346/03, este com a Emenda nº 01 ele aposta, 368, 401, 407, 421 e 430/03 e os Projetos de Resolução nos 091, 093 e 097/03. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 117/03, com ressalva da Emenda a ele aposta, por dezenove votos SIM, dois votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser discutido pelo Vereador João Carlos Nedel, em votação nominal solicitada pelo Vereador Pedro Américo Leal, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Darci Campani, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sebastião Melo e Zé Valdir, Não os Vereadores João Carlos Nedel e Pedro Américo Leal e optado pela Abstenção os Vereadores Cassiá Carpes e João Antonio Dib. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Resolução nº 117/03. Durante a apreciação do Projeto de Resolução nº 117/03, a Vereadora Margarete Moraes afastou-se da Presidência dos trabalhos, nos termos do artigo 22 do Regimento, e, face Requerimento verbal do Vereador Reginaldo Pujol, foi efetuada a leitura da Emenda nº 01 aposta ao referido Projeto de Resolução. Foram aprovados os Requerimentos de nº 051/04 (Processo nº 1302/04 – Moção de Solidariedade ao Presidente da República e ao Ministro das Relações Exteriores, que propõem a inclusão do termo “orientação sexual” nos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas), firmado por dezoito Vereadores deste Legislativo, e de nº 210/03 (Processo nº 6999/03 – Encaminhamento ao Poder Executivo Estadual de consultas relacionadas à balneabilidade das praias da orla do Lago Guaíba), de autoria da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Durante a apreciação do Requerimento nº 210/03, face Questões de Ordem e manifestações dos Vereadores Reginaldo Pujol, Beto Moesch e Luiz Braz, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca da necessidade de votação de pedidos de informações ao Governo Estadual. Foram aprovados os seguintes Requerimentos: de nº 035/04 (Processo nº 1136/04 – Moção de Solidariedade à família da missionária Doraci Edinger, assassinada em Moçambique), de autoria da Vereadora Clênia Maranhão; de nº 036/04 (Processo nº 1137/04 – Sessão Solene para assinalar o transcurso do aniversário do Grêmio Sargento Expedicionário Geraldo Santana), de autoria do Vereador Cassiá Carpes; de nº 038/04 (Processo nº 1199/04 – Sessão Solene para assinalar o transcurso do aniversário do Sport Clube Internacional), de autoria da Mesa Diretora, após ser encaminhado à votação pelo Vereador Reginaldo Pujol; de nº 034/04 (Processo nº 1108/04 – Grande Expediente destinado a assinalar o transcurso do centenário da Congregação Pobres Servos da Divina Providência), de autoria do Vereador Ervino Besson; de nº 052/04 (Processo nº 1308/04 – Autorização para representar externamente esta Casa no XIV Encontro do Fórum de Presidentes de Câmaras Municipais das Capitais, no período de onze a treze de março do corrente, em Aracaju - SE, com percepção de diárias e passagens), de autoria do Vereador Elói Guimarães. Na ocasião, o Vereador Reginaldo Pujol manifestou-se acerca da votação do Requerimento nº 052/02. Foram aprovados os seguintes Requerimentos: de nº 049/04 (Processo nº 1285/04 – Período de Comunicações destinado a assinalar o transcurso do centenário do Colégio Marista Nossa Senhora do Rosário), de autoria do Vereador Haroldo de Souza; de nº 054/04 (Processo nº 1314/04 – Período de Grande Expediente destinado a assinalar o transcurso do aniversário da Cavalgada do Mar), de autoria do Vereador Ervino Besson; de nº 053/04 (Processo nº 1313/04 – Período de Comunicações destinado a assinalar o transcurso do aniversário do Hospital Parque Belém), de autoria do Vereador Ervino Besson. Foi votado o Requerimento nº 055/04 (Processo nº 1324/04 – Sessão Solene para assinalar o transcurso do aniversário do Bar Opinião), de autoria da Vereadora Maristela Maffei, o qual recebeu oito Votos SIM, três votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Isaac Ainhorn, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Darci Campani, Elói Guimarães, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris e Maria Celeste, Não os Vereadores Haroldo de Souza, João Antonio Dib e Luiz Braz e optado pela Abstenção o Vereador Pedro Américo Leal, votação esta declarada nula pela Senhora Presidenta, face à inexistência de quórum deliberativo. Às dezessete horas e cinqüenta e um minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela Vereadora Margarete Moraes e pelos Vereadores Elói Guimarães e Luiz Braz e secretariados pelos Vereadores João Carlos Nedel e Luiz Braz. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu quero informar à Mesa que há uma transposição de tempo por solicitação do Ver. Nereu D’Avila. Eu usarei o tempo a ele destinado. Da mesma forma, a Verª Maristela Maffei pede para que seja colocada no final da lista. Então, eu vou ser o primeiro orador em Comunicações, ou seja, falarei no tempo da Verª Maristela Maffei, e ela falará no meu tempo. Era isso que eu queria informar.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RAUL CARRION: Exma Verª Margarete Moraes, Presidenta desta Casa, demais Vereadoras, Vereadores, todos os que nos assistem aqui e nas suas casas, aproveito também o ensejo para dizer que o meu tempo de Comunicações, no dia de hoje, está cedido ao Ver. Juarez Pinheiro, em retribuição ao tempo que ele me cedeu na Sessão passada.

Eu solicitei o tempo de Liderança bem no início dos trabalhos, porque pretendo, logo após a minha manifestação, me deslocar novamente lá para Atílio Supertti, onde está havendo uma reintegração de posse, para acompanhar os acontecimentos que, felizmente, estão-se dando de forma pacífica. Então, por isso, entendi importante usar a Liderança para trazer aos demais colegas o andamento dessa questão na Atílio Supertti.

Primeiro, quero dizer que, entre quinta e sexta-feira, foram realizadas exaustivas negociações, aqui e em Brasília, mas principalmente em Brasília para onde se dirigiram diversos Deputados da nossa Assembléia: o Presidente da Assembléia, Deputado Vieira da Cunha; a nossa Deputada Jussara Cony, o Deputado Alexandre Postal e outros, no sentido de conseguir um acordo em Brasília.

Na verdade, o próprio Secretário da Habitação lá esteve, e foi marcada uma Audiência Pública na sexta-feira, na Assembléia, onde comparecemos; também compareceram o Presidente da CUTHAB, Ver. Renato Guimarães, lideranças e o Ministério Público.

Na tarde de sexta-feira, Ver. Zé Valdir, que estava adoentado nesse dia, depois de uma negociação que começou às 11h da manhã, concluindo-se às 17h, sem direito a almoço inclusive, conseguimos um protocolo assinado pelo Estado, pelo Município e pela Caixa Federal, onde foram colocados no papel os compromissos do Estado em relação a adquirir uma terra por 150 mil reais, flexível para mais, porque sabemos que com 150 mil dificilmente teremos a possibilidade de abrigar todas as famílias que terão de sair da Atílio Supertti; o Município reiterando a garantia da infra-estrutura básica, e a Caixa reiterando o seu compromisso referente ao PSH para as famílias. Na verdade, Ver. Zé Valdir, há oito meses já havíamos acordado isso, mas, até agora, não havia sido assinado. A partir daí, foi possível a concordância dos moradores para a sua retirada pacífica da área.

Estivemos lá no sábado, por delegação do Ver. Renato Guimarães, junto com a Deputada Jussara Cony, com o Deputado Vieira da Cunha, com a UAMPA, e conversamos com os moradores mostrando esse acordo como uma perspectiva de solução - não é ainda a solução final, é uma meia vitória, eu diria, caberá a nós conquistarmos a vitória completa - e a necessidade de cumprirmos esse protocolo, também assinado pelos moradores, assegurando uma retirada pacífica de lá.

Hoje, pela manhã, lá estivemos, às 7h da manhã, também com os Vereadores Sebastião Melo, Renato Guimarães, Ervino Besson, Deputada Jussara Cony, lideranças variadas, e, depois de algumas negociações que estavam pendentes, garantimos transporte para as famílias com destino certo. Conseguimos o início de uma retirada sem um único incidente, sem necessidade de uso da força pública. Aliás, queremos parabenizar a comandante da ação, Major Ana, que lá esteve, os Oficiais de Justiça, que foram compreensivos e aguardaram as negociações avançarem. Estivemos lá até quase o final da manhã, retiramo-nos por causa da Sessão e estamos retornando para lá.

As que puderam contratar pelo PAR permanecerão no próprio loteamento; as que têm familiares, pessoas que as podem abrigar, os caminhões levarão até as casas dessas pessoas; e para os demais foi conseguido pelos moradores um galpão, cujo aluguel será bancado pela Assembléia, Governo do Estado e Governo Municipal. É um galpão precário, não tem as condições adequadas, necessárias para uma estada longa, mas a idéia é uma solução provisória, e, durante a semana - ainda hoje inclusive -, haverá negociações para conseguir um local mais adequado.

E concluo, minha Presidenta, dizendo que, com a autorização do Presidente da CUTHAB, nós negociamos para que, no dia 30 de março, se realize nesta Casa, na CUTHAB, uma reunião com todos os que sofreram a reintegração, para dar continuidade e exigir o cumprimento do protocolo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações, por transposição de tempo com a Verª Maristela Maffei.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, o Ver. Raul Carrion, no seu relato feito em Comunicação de Líder, bem acentua essa realidade dos Vereadores não só de Porto Alegre como de todas as comunas brasileiras, que, diversamente do que os outros pensam, não têm sábado, não têm domingo, porque os problemas não param de surgir. É natural que o Ver. Carrion, que esteve desde o começo ligado a esse assunto, fizesse esse relato até para justificar a sua retirada do plenário doravante. Nós também, dentro de alguns minutos, teremos de sair da Casa por outra situação semelhante, mas isso não impede, Ver. Carrion - e V. Exª foi por muito tempo acusado de ser um Vereador Federal, V. Exª tratava muito os assuntos federais aqui desta tribuna -, a nossa permanente ocupação com o cotidiano de Porto Alegre e não impede que a gente continue atento à situação nacional, Ver. João Bosco Vaz. E algumas situações nos saltam aos olhos.

V. Exª inclusive me salientava há pouco - e eu recebi a colaboração da Assessoria de Imprensa aqui - esse fato extremamente elogiável e que alegra a todos nós, que é o sucesso dessa menina que tantas vezes esteve aqui na Câmara conosco, a Daiane, que agora consegue dois pódios. Inclusive, até em competições em que nem ela acreditava, o resultado foi satisfatório. Essa moça, no início da sua carreira, só tinha um bingo para apoiá-la. Hoje, certamente, Ver. Ervino Besson, irá existir um sem-número de patrocinadores. Ela é um fenômeno internacional, é a primeira negra a subir no pódio na ginástica; era uma área da atividade esportiva de privilégio dos arianos, dos brancos e a nossa negrinha gaúcha aqui do Rio Grande do Sul - a nossa pérola negra, como diz o Ver. João Bosco Vaz - está obtendo todo esse sucesso.

Isso me remete, Ver. Juarez Pinheiro, a essa situação de verdadeira hipocrisia em que vive este País. O próprio jornal que noticia o sucesso da Daiane traz uma informação, Ver. Cláudio Sebenelo: segundo a Cláudia Rolli e a Fátima Fernandes, que fizeram um levantamento do País - e o que elas dizem gera manchete de primeira página no jornal Folha de São Paulo -, não chegam a setenta mil os empregos em bingos. Como se setenta e dois mil novos desempregados não fosse nada! Como se setenta e dois mil novos desempregados neste País - que bate recorde de desemprego - não fosse nada!

Então, eu quero dizer, sinceramente, que não estou mais preocupado com essas CPIs que o Governo não deixa instalar; não estou! Penso que nós já temos a resposta daquilo que se queria averiguar. O Governo está admitindo claramente que, realmente, aquilo que vem sendo objeto de acusações nacionais ocorreu e que ele não quer mais ver esclarecido, quer esquecer esse assunto.

Hoje nós estamos vivendo uma situação em que as pessoas dizem que o filho do José Dirceu não fez nada que outros já não tivessem feito. Tudo bem. Mas vamos deixar claro: o PT está fazendo no Governo, direta ou indiretamente, o que os outros já fizeram. Certamente não é a mudança que foi proposta à Nação, porque, se era para fazer a mesma coisa que os outros já tinham feito, para que mudar? Não mudaram a política econômica? Mudaram, sim; mudaram para pior! O PFL disse, no início deste Governo, que este Governo não tinha projeto para o governo e tinha projeto de poder. A maior prova disso é que há um cidadão neste País que, depois de ter ficado longos anos fora do País atuando na atividade financeira, voltou para cá e, literalmente, comprou um mandato de Deputado Federal no Estado de Goiás. Fez a maior votação naquele local. Fez uma campanha ultramilionária e nem sequer assumiu o mandato, porque renunciou o mandato de Deputado Federal para ser o Presidente do Banco Central, o gestor da política econômico-financeira deste País, Sr. Henrique Meirelles, eleito pelo seu Partido, Ver. Sebenelo, com mais de 200 mil votos e que nem foi se diplomar. Negociou a sua ida para o Banco Central.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Por favor, Ver. Reginaldo Pujol, o seu tempo está esgotado.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu vou concluir. O tempo é curto.

Doce ilusão nossa querer acreditar que as coisas possam ser diferentes, está tudo acertadinho, desde muito antes. Antes de se eleger, o Lula já tinha se entregue ao capital internacional...

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Por favor, Ver. Reginaldo Pujol.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: E tudo mais que nós vivemos - concluo, Srª Presidenta - são mazelas, tudo é igualzinho, como diz os que dão explicação para a façanha do José Dirceu; já, assim, fazia igual anteriormente. Então, mudaram para não mudar nada.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Margarete Moraes): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Nereu D’Avila.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Presidente Margarete Moraes, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, nós já discutimos tantas vezes nesta Casa a situação do esporte neste País, nós já brigamos dezenas e dezenas de vezes, tentando mostrar ao Executivo Federal, Estadual e Municipal, em todos os tempos, e até traçando um paralelo com a cultura, que há no País três Leis de incentivo - eu acho que é justo, justíssimo. Há Lei de incentivo à cultura em nível federal, há Lei de incentivo à cultura em nível estadual e em nível municipal, em que os empresários investem determinado valor em um evento cultural e podem abater, em seus impostos, parte do valor que foi aplicado. Pois o segmento esportivo deste País não tem uma lei de incentivo ao esporte, e olha que temos brigado por isso, temos buscado parcerias, temos explicado, temos mostrado resultados.

As pessoas falam muito na Daiane, que está ganhando medalhas de ouro, mas quantos e quantos atletas campeões nós temos neste Estado? A Sogipa, por exemplo, já foi duas vezes às Olimpíadas com o Jorge Teixeira, no Atletismo; foi outra vez com a Mariana Martins, do Judô; já foi com Alexandre Garcia, do Judô. O clube União já foi com o Anderson Nocetti, com o Marcelo Marcillis, com o Paulo Prass, com o Piá - os gaúchos desde há muito participam de Olimpíada. Mauri Fonseca, que hoje é um renomado Professor de Educação Física, em 1964 foi defender o Brasil na Olimpíada do Japão; Marco Volpi, em 1968, foi defender a Seleção Brasileira de Vôlei; Sérgio Pinto Ribeiro, hoje é um médico renomado. Então o Rio Grande do Sul é pródigo em revelar grandes campeões, mas é preciso que as pessoas entendam que os Governos não podem fazer tudo, é impossível fazer tudo; as federações não podem fazer tudo, ainda mais agora, debilitadas com essa hipocrisia de fechar os bingos. Tem de fiscalizar os bingos, se há rolo, se há lavagem de dinheiro: fiscaliza, apreende, tira de atividade.

Olha, vou dizer uma coisa aqui: um dos poucos Governos neste Estado que fez um projeto Olímpico, do qual participei em parte, foi o Governador Olívio Dutra, através do Banrisul, na última Olimpíada. Eu levei o projeto - eu não lembro se o Presidente era o atual Prefeito João Verle ou se era o atual Presidente da EPTC, Dr. Túlio Zamin -, e foi um projeto fantástico, com os atletas gaúchos estampando nos seus uniformes a logomarca do Rio Grande, do Banrisul. É preciso possibilitar que esses nossos atletas e dirigentes possam ter condições, os resultados estão aí aparecendo. E nós não temos, Ver. Juarez, uma lei de incentivo ao esporte, nem em nível federal, nem estadual, nem municipal, isso é necessário! Isso é necessário! Porque a gente vê...e vou dizer aqui como jornalista, como mestrado em marketing: os nossos empresários da iniciativa privada patrocinam umas porcarias de eventos.

 

O Sr. Juarez Pinheiro: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu só queria lembrar a V. Exª que, inclusive com a sua intervenção, a Lei do ISSQN aqui do Município de Porto Alegre ajuda o esporte. Essa interferência precisa ser feita, e V. Exª participou desse processo.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: E V. Exª, igualmente, não mediu esforços para redigir o artigo que beneficiou federações, clubes, escolas de samba e grêmios estudantis.

Então, acho que chegou o momento de se parar - já encerro, Presidente Margarete -, de se fazer uma análise, porque o esporte necessita, urgentemente, de uma lei de incentivo ao esporte. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos assiste, estamos estarrecidos - faz 72 horas - com esse crime hediondo, um teatro de maldade na Cidade de Viamão, em que um papeleiro - é um papeleiro creio eu -, um indivíduo que nada tinha que fazer, de 18 anos, trucidou cinco crianças: Juliana, de 8 anos; Jonas, de 2 anos; Andreza, de 9 anos; Vitória, de 4 anos; Guilherme, de 5 anos e mais uma outra que está esperando, a todo o momento, o seu desfecho.

Então, volto-me contra todos àqueles que me criticam de pedir a pena de morte no Brasil. Mas por que não ter a pena de morte no Brasil? A nação mais evoluída do planeta já a adotou e persevera em tê-la. E mais, nós fabricamos, entre aspas, esse Estatuto da Criança e do Adolescente, que na sua parte infracional é uma barbaridade! Esse rapaz, esse criminoso que trucidou as crianças, se fosse julgado pelo Estatuto, sabem o que aconteceria? Com 21 anos de idade ele estaria livre. É preciso que meditemos, é preciso modificar o Estatuto que combato há 13 anos, implacavelmente. Sou o único e o primeiro brasileiro a se atrever a criticar isto aqui na sua parte infracional. (Mostra o Estatuto da Criança e do Adolescente). É uma baboseira isto aqui, por quê? Porque aos 21 anos ele, o criminoso, estará livre. Vão recolher ele ao PASC. Não querem colocá-lo no presídio porque o mundo do crime o mata. Matariam, trucidariam ele em 24 horas. Eu estive lá, dirigi a penitenciária e sei disso. Eles não perdoam àqueles que, por emoção ou por qualquer outro gesto precipitado, trucidam uma criança. Eles são implacáveis. E o mundo dos das leis resolve pensar no caso. E fabricou esse Estatuto. Ele será preso por três anos, com 21 anos estaria completamente livre. Ele dormiu com as crianças! Matou-as friamente! Se ele estava drogado ou não, eu não sei! Não interessa! A nós não interessa!

Hoje, o programa Polêmica, do Jornalista Lauro Quadros, colocou esse tema em discussão. E queria saber se... Então, os iluminados, psicólogos, psiquiatras... Não sei por que não convidam psicólogos, porque a área é de psicólogo! Mas a produção do programa do Lauro Quadros teima em colocar psiquiatras, que são médicos de loucos! Médico de louco! Psicólogos, eles não chamam!

 

(Aparte anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Psicólogo não é médico de louco. Eu ouço uma voz que deve ser do Ver. João Bosco, que me faz essa pergunta, sem requerer aparte.

É importante que se verifique, que se examine esse drama que sofreram essas crianças. Cinco crianças mortas, sacrificadas, à faca, de dez centímetros, uma a uma! Esse monstro abateu as crianças uma a uma, e a sexta está no Hospital de Pronto Socorro aguardando o momento final, porque a sociedade apatetada do Brasil não adotou pena de morte até hoje! Adotou essa baboseira desse Estatuto da Criança e do Adolescente! É uma barbaridade! Eu combato esse Estatuto há 13 anos, ele me causa repulsa na sua parte infracional! Parece que querem modificá-lo! Agora, só agora! Depois de 13 anos! Ora! Por que não fizeram isso antes? Por que não pensaram nisso antes? Principalmente o PT, que tanto defende o Estatuto!

 

(Revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Raul Carrion.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu não vou abordar o tema do Ver. Pedro Américo Leal, mas queria sublinhar que não é a severidade da pena que faz com que diminua a criminalidade. E isso já está provado na literatura científica, na área que trata do Direito Penal.

Eu queria dizer nesta oportunidade - os tempos são tão raros - que o recente episódio da suspensão da CPI eleitoreira na área da Saúde pelo Poder Judiciário deixa ensinamentos importantes para esta Casa, reafirma a democracia e o Estado Democrático de Direito. Assim como o Poder Executivo, o Poder Legislativo encontra na lei os limites para a sua atuação. Uma eventual maioria no Parlamento, Ver. Renato Guimarães, não dá poderes infinitos ao grupo majoritário, não dá poderes para passar por cima da lei, da Constituição.

No caso da indigitada CPI da Saúde, o ódio do Dr. Argollo, as necessidades eleitorais do Ver. Dom Sebenelo e a dramaturgia do Ver. Dr. Goulart, para o bem da Saúde e da democracia, não poderiam mesmo prosperar. A CPI por eles reclamada - ficou escancarado - buscava, pelo desgaste do Poder Executivo, dos generosos espaços na mídia que proporcionaria, angariar benefícios eleitorais para eles e para os seus Partidos.

Nesse sentido, foi marcante a expressão do Dr. Goulart neste Parlamento. Disse ele: “Eu preciso saber, Ver. Isaac Ainhorn, agradecendo o tempo que me cedeu, qual é a posição do PDT nisso. O PDT quer CPI ou não quer CPI? Ou vou ter de perguntar para o Vieira da Cunha se ele quer ganhar a eleição ou não quer ganhar a eleição?” Veja só, Ver. Renato, o que disse o Ver. Dr. Goulart. Considerando que já ficou clara para o Poder Judiciário e para a população a natureza político-eleitoral da CPI, bem como a inexistência de fato determinado, requisito inafastável, quero analisar a improcedência da CPI também no aspecto material.

Porto Alegre é a cidade que mais investe em Saúde, com recursos próprios em todo o Brasil, aproximadamente 19% da Receita líquida. Em contrapartida, os requerentes da CPI, principalmente o Ver. Cláudio Sebenelo, pertencem ao Partido que, na última eleição, prometeu um posto de saúde a cada quilômetro em todo o Estado. Pertencem ao Partido que, há dois ou três anos, tentou privatizar o Grupo Hospitalar Conceição pelas intituladas organizações sociais. Pertencem os dois a Partidos que fizeram os maiores cortes de verba na área da Saúde.

Porto Alegre passou, durante a Administração Popular, de 12 para 144 equipamentos de saúde. Porto Alegre, desde 1966, conquistou a municipalização do sistema de saúde, implantando o Fundo Municipal de Saúde e exercendo a regulação dos serviços de saúde, inclusive privados. Porto Alegre é quem mais contrata profissionais na área da Saúde; em 2002, municipalizou e tornou completamente público o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, um hospital de referência. Quer dizer, nós publicizamos os equipamentos de saúde. Aqueles que buscam a CPI, mais especificamente o Partido do Dom Sebenelo, queriam, na verdade, privatizar o Grupo Hospitalar Conceição.

Porto Alegre, em 1998, criou o SAMU - Serviço de Atendimento Urgente - para atender situações de risco de vida iminente. Porto Alegre, em 2001, recebeu do próprio Ministério da Saúde, quando era Presidente Fernando Henrique Cardoso, o elogio de ser a cidade com melhor estrutura do Sistema de Saúde Único - SUS. Em 2000, implantou a Central de Leitos para agilizar as internações.

Então, pergunto ao dramaturgo Ver. Dr. Goulart, ao raivoso Dr. Argollo, que levou a sua categoria, o Sindicato Médico, a uma greve absurda, que colocou a população contra a categoria dos respeitáveis médicos, eu pergunto ao Ver. Sebenelo, cujo Presidente queria privatizar o Grupo Hospitalar Conceição: por que exigir, forçar uma CPI nesta Cidade, que é aquela que mais investe em Saúde, aquela que é reconhecida como a que melhor atende pelo SUS?

Eu não quero mais discutir a questão jurídica de que fui advogado dos mandados de segurança, porque já está escancarada para o Poder Judiciário a absoluta inconsistência dessa CPI. Eu quero discutir com o dramaturgo Goulart, com o Dom Sebenelo a questão material da CPI. Eu quero discutir quem é que trata da Saúde e quem não trata da Saúde. Eu tenho verificado que o Ver. Dr. Goulart e o Ver. Cláudio Sebenelo, ultimamente, têm errado muito os diagnósticos, inclusive no jurídico e também na área da Saúde. Eu espero que eles façam melhor, por suas próprias saúde, mas, principalmente, pela saúde dos gaúchos. Que vão brigar lá com seu Governador, o qual elegeram, para cumprir as promessas de campanha e não venham exigir do Município, que mais investe em Saúde, o que eles não podem exigir. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Maristela Maffei está com a palavra em Comunicações, por transposição de tempo com o Ver. Reginaldo Pujol.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta, Vereadora e companheira Margarete Moraes; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, este é um mês - e muita gente não lembra - que, com certeza, nos cala profundamente. Faz tão pouco tempo, 30 anos, que nós passamos por um dos mais cruéis momentos políticos deste País, e foi dito aqui pelo Ver. Pedro Américo Leal que ele, enquanto militar, tem e deve discutir um estatuto que diz respeito à criança e ao adolescente. Se nós tivéssemos feito isso naquela época, o Governo, ao qual ele também pertencia - e eu não estou entrando aqui no mérito pessoal, de como foi a atitude do Coronel... Nós fomos executados nas ruas, nós fomos executados nos cárceres, qualquer pessoa que andasse sozinha na rua era levada para algum lugar.

Quando falam do cheiro das algas do lago Guaíba, eu fico imaginando o cheiro que deveria ter naquela época, se, por acaso, secasse naquele momento o lago Guaíba. Quantos cadáveres teriam ali dentro!? Quantas pessoas tombaram!? E nós tivemos a capacidade de enfrentar, de lutar e de dizer, junto com as pessoas de boa vontade, que criança e adolescente não podem ser tratados como caso de Polícia. Porque apenas os filhos dos ricos eram tratados como pessoas que tinham algum problema. Não foi o PT apenas que formulou o Estatuto da Criança e do Adolescente, foram milhões de vozes em nível internacional, pessoas democráticas, profissionais da área tanto da Psiquiatria, como da Psicologia, da Medicina, do Direito, dos direitos humanos, dos Partidos democráticos, pessoas que realmente têm uma compreensão dessa área, que sabem que não é a pobreza, que não são os pobres, os empobrecidos que fizeram a pobreza deste País, que fizeram a miséria em nível internacional. Todos sabemos que, quando não serviu o modelo de Jango e de Brizola, na época, para a ordem internacional, houve uma orientação de toda a América Latina para que se instituísse a ditadura militar.

Isso é história! Não é apenas uma pessoa que tem uma ideologia socialista que está falando aqui; não é apenas uma socióloga que está falando; isso é história! E é preciso que se diga e que se recorde isso, porque, senão, com todo o respeito que eu tenho pelo nosso Ver. Pedro Américo Leal, se passam esquecidos os anos tortuosos da ditadura militar, que faz agora 40 anos - corrige-me o Vereador, porque me entusiasmei e errei. Eu tinha poucos anos de vida, Ver. João Bosco, quando isso aconteceu, e meu pai ainda estava na prisão - fazia parte do grupo dos onze que enfrentou a ditadura militar -, eu ainda era recém-nascida. Quantas pessoas morriam nessa época por acreditar numa sociedade diferente! Por amar o seu País! E os militares, que se diziam nacionalistas, não compreenderam ou os que estavam no poder, se compreenderam - eu não vou dizer aqui o que eu penso, porque cada um pode pensar da sua forma -, fizeram e ajudaram a fazer deste País muito daquilo que sofremos hoje como conseqüência.

O problema não é ter uma ideologia diferente; o problema é que aquelas pessoas não queriam que ninguém pensasse diferente. Lembro-me de que a companheira Suzana, que viu seu companheiro morto e, há muitos anos, encontrou apenas a sua ossada, dizia: “Muito bem. Levaram os nossos corpos, mas não levaram a nossa mente, não levaram a continuidade da luta pela liberdade”. Quando alguém pega o Estatuto da Criança e do Adolescente e trata do jeito que foi tratado aqui desta tribuna, eu me envergonho! Não aceito!

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Seu tempo está encerrado, Vereadora.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Vou encerrar, com sua tolerância, Srª Presidenta.

Não aceito porque acho que isso faz parte da construção da liberdade. Quanto à opinião do Ver. Pedro Américo Leal sobre a pena de morte, eu não poderia esperar outra coisa, porque quem fez parte da ditadura militar não poderia pensar diferente e ter outras alternativas. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidente, Verª Margarete Moraes; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias, também pela TVCâmara, quero saudá-los. As pessoas que me conhecem sabem que eu conduzo esta tribuna com muita coerência, com o respeito que tenho pelo mandato e pelo respeito que tenho com o povo desta Cidade, que nos elegeu para esta Câmara Municipal. Eu tenho elogiado pessoas aqui, como há poucos dias elogiei o trabalho do Diretor do DMAE. Eu faço isso com muito carinho, porque acho que também as coisas boas devem ser ditas. Só que o meu pronunciamento do dia de hoje, usando a Liderança do meu Partido, o PDT, eu não gostaria de fazê-lo aqui desta tribuna, mas, pela minha responsabilidade como Vereador desta Cidade, vou fazê-lo agora, neste momento. (Exibe documento.) Peço à TVCâmara que as pessoas que nos assistem possam ver a Nota Fiscal de 1994, que tenho aqui, da Firma Glacial Pavan. Está aqui também um xerox de uma foto que eu tirei desse carrinho de um cidadão vendedor de cachorro-quente, para quem quiser ver a qualidade e a higiene desse cidadão que sustenta a sua família vendendo cachorro-quente.

Bem, minhas caras Vereadoras e Vereadores, durante dez anos, esse cidadão renovou os seus alvarás sem problema nenhum, meu caro Ver. Haroldo de Souza. Inclusive os fiscais, quando iam fazer a vistoria, quase todos elogiavam a higiene e a qualidade desse carrinho, com o qual esse cidadão sustenta a sua família vendendo cachorro-quente. Quando ele foi renovar o último alvará, o fiscal também elogiou a limpeza, a higiene, a qualidade do carrinho e disse: “Na terça-feira da semana que vem, tu podes buscar o teu alvará, que estará pronto”. E ele foi lá, meu caro Ver. Haroldo de Souza, e o alvará dele foi indeferido. Depois de tentar várias vezes que a SMIC liberasse o alvará, não conseguindo, procurou-me e colocou o seu problema. Eu fui à SMIC depois de vários contatos, vários, vários telefonemas. Não foram menos do que 30, 40 as ligações que eu fiz para a SMIC; se alguém duvida, é só pedir um espelho para a CRT e vai verificar que não estou mentindo.

Falando com o Secretário Adeli Sell - acho que foi um belo Secretário! -, ele pediu que eu mandasse toda a documentação desse caso. Eu mandei. Em várias ligações que fiz para ele, soube que estava na mão da Maribel, que é a Chefe da Fiscalização. Só que para falar com a Maribel é um parto! Ela está em reunião, reunião, só em reunião! Eu não conseguia a liberação do alvará. Na semana passada, eu fui lá com o Marcus Vinicius de Mello Iung, um cidadão que sustenta a sua família, e foi-me dito que foi indeferido o alvará porque o carrinho foi fabricado com um freezer junto. E a SMIC exige que ele retire o freezer, que é de fábrica, acoplado ao carrinho. Como é que ele vai cortar o freezer para tirar? E só cortando o freezer, a SMIC libera o alvará!

Sinceramente, se eu não visse, eu não acreditaria! Não dá para acreditar numa barbárie dessas. O freezer foi feito junto - está aqui na Nota Fiscal -, acoplado ao carrinho. Se todos os vendedores tivessem um carrinho com essa qualidade e higiene, seria um exemplo não só para o Brasil, mas para o mundo. Agora, como é que esse cidadão vai cortar o carrinho para retirar o freezer? E a SMIC não quer liberar o alvará!

Minha cara Presidente, meus caros Vereadores, nós temos tantos problemas nesta Cidade, e, agora, essa perda de tempo! São absurdos que não dá para entender. Eu vou aguardar mais um dia. Parece que isso está mudando. Eu disse isso lá para a SMIC - perante a Maribel, perante os fiscais - e vou comunicar ao Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Ver. Cassiá Carpes: vou trazê-lo à Câmara e vamos ver, pois, se a gente não resolve por bem, há outro órgão competente - eu ainda acredito nas pessoas, nos seres humanos, em gente que tenha responsabilidade. Nós temos aqui a Justiça, porque, sinceramente, cara Presidente, absurdos como esses... Eu, pelo menos, queria terminar pelo menos este mandato sem ver essa barbárie que acontece na nossa Cidade. Muito obrigado, Srª Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Com muita honra, a Presidência registra a presença do Procurador Regional da Advocacia-Geral da União na 4ª Região, Dr. Luís Henrique Martins dos Anjos. Seja bem-vindo entre nós.

O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, utilizamos hoje a Liderança do nosso Partido para falar sobre a proposta da Secretaria de Segurança e Justiça do Estado. O Secretário substituto Fábio Osório enviou um Ofício ao Prefeito de Porto Alegre, propondo a regulamentação de determinadas áreas da Cidade de Porto Alegre, bem como horários, a respeito da prostituição.

É um assunto bastante polêmico e causou-nos alguma estranheza. Por que quem fez o Ofício não foi o Secretário de Segurança Pública? Gostaríamos de saber a posição do Estado do Rio Grande do Sul, do Governador Germano Rigotto, sobre esse tema, porque parece que a Secretaria de Justiça e Segurança quer legislar sobre Porto Alegre, e ela tem a jurisdição de todo o Estado. Então, como serão os outros Municípios? Mas isso não foi ventilado.

Nós gostaríamos ainda de levantar esse tema relativo à prostituição. No ano passado, nós tivemos a oportunidade de presidir, aqui na Câmara, uma Comissão Especial que tratou sobre a questão das drogas, abusos, exploração sexual de crianças e adolescentes, e nós entendemos que a Secretaria da Justiça e Segurança tem de se preocupar, por exemplo, com centenas de crianças que se prostituem em Porto Alegre. Por que eles não colocam uma atuação mais incisiva da Polícia Civil e da Brigada Militar em cima dessas crianças que se prostituem, muitas vezes com a aquiescência dos próprios pais? Essa discussão nós temos de fazer! Sabemos os locais, isso já foi colocado. Então, por que a Secretaria de Segurança Pública, em vez de se preocupar em delimitar horários, locais, parece estar mais preocupada que, nas suas imediações, existe prostituição? Então, talvez, aquele local ela não vai escolher? Ora, nós temos de tratar esse assunto sério de maneira mais clara, a Secretaria tem de dizer onde, como e por que propor só para Porto Alegre e não discutir a questão com todo o Estado. Por que não foi o Deputado José Otávio Germano quem enviou a carta? Qual é a posição do Governador Germano Rigotto sobre essa temática?

Agora, eu volto a dizer que, em Porto Alegre, a Brigada Militar e a Polícia Civil têm de agir de forma mais incisiva sobre a questão da prostituição infantil, da exploração de crianças, de meninas de 12 e 13 anos, sendo exploradas sexualmente, todos os dias. Isso é de domínio público e nada é feito. Nós, no ano passado, denunciamos isso. Num primeiro momento, a Polícia Civil e a Brigada Militar disseram que não existia o fato, mas bastou um repórter investigar, e, de maneira inteligente, quando a menina disse que tinha 18 anos, o próprio repórter - estou falando aqui de algo que foi público - disse: “Não, mas eu não quero de 18 anos, eu quero meninas”. Então, ela puxou um documento e disse que tinha 14 anos. Ora, gente, esta é a realidade, é um fato concreto em Porto Alegre. Então, nós temos de tratar as coisas de maneira séria e incisiva. Se um repórter de um determinado jornal conseguiu, por que a Polícia Civil não consegue? Por que a Brigada não consegue? É isso que nós queremos e vamos discutir aqui nesta Casa, que o Sr. José Otávio Germano, Secretário de Segurança, venha, de forma incisiva, falar sobre o que ele pretende para terminar com a exploração de jovens e adolescentes em Porto Alegre.

De maneira clara e veemente, o nosso repúdio a essa proposta, que não está clara, a essa proposta que um Secretário Adjunto fez, e eu não quero desmerecer a posição do Secretário Adjunto, mas entendo que essa posição deveria ser do Secretário José Otávio Germano para o Prefeito João Verle. E eu acho que, antes de enviar um ofício, deveria discutir esse tema, porque, volto a dizer, Porto Alegre precisa, sim, de políticas públicas na área de Segurança e Justiça de forma mais veemente, para acabar com essa exploração de crianças, jovens de 11, 12, 13 anos, que, todos os dias, se prostituem na nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Renato Guimarães está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e comunidade que nos acompanha, é uma pena, também, eu queria fazer referência ao não-acompanhamento, no início da Sessão de hoje, por parte do Ver. Dr. Goulart e do Ver. Cláudio Sebenelo. O que me traz à tribuna são questões as quais acho que nós deveríamos estar dialogando, principalmente com ambos, que tratam, permanentemente, de fazer oposição ao Governo Municipal na área da Saúde. Eu gostaria de estar dialogando sobre alguns números com esses Vereadores e, também, vou propor que o nosso Presidente da Comissão de Saúde, Ver. Sebastião Melo, marque uma reunião lá na Comissão, para a gente tratar sobre o que eu trago aqui.

A gente trouxe, numa tribuna passada, dados que mostravam a não-execução orçamentária, por parte do Governo do Estado, do Orçamento da Saúde em algumas áreas; só que essa não-execução orçamentária está, diretamente, afetando cidadãos desta Cidade. Então, nós recebemos, na metade da semana passada, um conjunto de pessoas que estão inscritas na lista de medicamentos especiais do Estado, as quais nos procuraram, porque a orientação que está sendo dada é a seguinte: para conseguir medicamento especial, a pessoa tem de entrar na Justiça.

Buenas, nós temos um Programa no Estado chamado Assistência Farmacêutica, existe um orçamento para esse programa, e o cidadão, para buscar um medicamento especial, tem de ir à Justiça e, só por meio dela, consegue receber esse medicamento. Buenas, onde fica o espaço para a política? Onde fica o espaço para a ação do Governo? Então eu quero já aqui, de antemão, solicitar ao Ver. Sebastião Melo que paute isso na Comissão de Saúde. Conversei com pessoas do Conselho Municipal de Saúde para provocar aqui a nossa Comissão para que trate desse assunto, porque os dados mostram que sobre a execução orçamentária de 320 milhões de reais orçados o Governo do Estado não cumpriu a metade, executou 153 milhões de reais. E, quando a gente entra na Assistência Farmacêutica, vê de fato que o critério está sendo a ação judicial, porque está havendo corte direto no Orçamento. Então, aqui, dos 80 milhões de reais orçados, foram pagos 50 milhões de reais. Se a gente for ver um debate permanente neste plenário, que é a questão de por que as ambulâncias do Interior vêm ser atendidas aqui em Porto Alegre, por que os hospitais, por que até postos de saúde em Porto Alegre atendem pessoas do Interior, nós podemos constatar aqui também que, na Municipalização Solidária - um outro Projeto que prevê repasses do Governo Estadual para os Municípios -, de 108 milhões de reais orçados, o Estado pagou só 38 milhões de reais. O que me assusta nesse jogo de palavras de repostas que o Governo do Estado dá é que, em quase todas as áreas, o Governo não está executando o seu Orçamento, porque diz que tem dívidas, que não tem Orçamento. Mas aí nós vamos para área da Saúde, nós vamos para área da Assistência - foi feito um encontro, no sábado, aqui, do Movimento Moradia, ouvi vários relatos de projetos no Interior que estão parados -, não há execução de política nenhuma em nível estadual, porque não existem recursos, e o Orçamento não está sendo gasto. Se esse Orçamento não está sendo gasto, para onde está indo esse dinheiro? Porque, por mais que se tenha um déficit - e esse déficit existe, porque o Governo diz a toda hora que existe -, o Orçamento, quase pela metade, não está sendo cumprido.

Eu convido aqueles Vereadores que, permanentemente, em plenário, expõem essas questões, para que possam vir a este plenário esclarecer isto aqui: o projeto Hospital São Pedro não teve Orçamento cumprido; Saúde Solidária não teve Orçamento cumprido; Municipalização Solidária não teve Orçamento cumprido; Regionalização da Saúde não teve Orçamento cumprido; Assistência Farmacêutica não teve Orçamento cumprido. Ver. Pedro Américo Leal, que Orçamento está sendo cumprido, na área da Saúde, pelo Governo do Estado? O Governo Rigotto está cumprindo o que em relação ao seu Orçamento? Eu acho importante que a Comissão da Saúde, desta Casa, se manifeste em relação a isso; que os Vereadores Cláudio Sebenelo e Dr. Goulart venham para esse debate, ou não é responsabilidade, também, da estrutura estadual responder pela Saúde?

Nós dizemos que gastamos - para finalizar, nossa Presidente -, no Município de Porto Alegre, 18% com Saúde; executamos, pela União, 30 bilhões de reais na área da Saúde; estamos num processo de reorganização do Hospital Conceição, que estava preparado para ser privatizado - é a luta contra privatização que torna o Hospital Conceição 100% pelo atendimento do SUS. Para finalizar, Verª Margarete, eu pergunto: tudo isso nós estamos fazendo, o que fazem esses Vereadores de Oposição que não vêm a esta tribuna e dizem o que o Governo do Rigotto está fazendo em relação à Saúde? Porque o dinheiro de lá está sumindo, e os projetos não estão sendo financiados.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Srª Presidenta, frente à manifestação do Ver. Renato Guimarães, eu quero dizer, como Presidente da Comissão, Ver. Renato, que está feita a indicação, porém quero adendar a petição. Eu quero que também venha nesta Comissão, junto com o Governo do Estado...porque os medicamentos especiais são do Governo do Estado e os básicos são do Município, que a gente possa colocar frente a frente a Prefeitura com o Governo do Estado, porque esse debate tem de ser na sua inteireza e não só numa parte, como V. Exª quer fazer.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Sebastião Melo.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Srª Presidenta, Vereadores, Vereadoras, o Vereador Renato pergunta o que o Governo Rigotto está fazendo com a área da Saúde. E eu pergunto: o que o Governador está fazendo na área da Saúde? Não está fazendo nada! E o Lula está fazendo o quê? O País está parado! O mundo está ainda mais triste depois de mais um dia 11 de sangue e horror, mas os brasileiros estão cada vez mais tristes também, porque não vêem perspectivas no Governo que chegou ao Poder com a força de 53 milhões de votos. A esperança no Governo está se esvaindo. Nada do prometido está sendo feito. O bater de frente com o Fundo Monetário Internacional foi uma história da carochinha. É uma decepção. O que se vê é uma recepção festiva ao representante do Fundo Monetário Internacional, com churrascadas, em Brasília, com o vinho feito no Chile e não o vinho excelente que nós presenteamos o Lula, que ele levou para Brasília. Pelo menos o vinho teria de ser gaúcho, nessa mordomia, nessa festa com o Fundo Monetário Internacional; com aquelas histórias de “Fora FMI! Fora FHC!” O que o Rigotto não está fazendo aqui é o que o Lula também não está fazendo em Brasília, Ver. Renato Guimarães.

O Programa Fome Zero, carro-chefe da equipe social do Lula, continua ainda no zero. O Congresso Nacional está na crista da onda com o PT se aliando descaradamente com Antônio Carlos Magalhães e José Sarney, alianças indecentes, imorais, diante do posicionamento do PT ao longo de mais de vinte anos, evitando tudo com CPIs, e agora não quer instalação de nenhuma CPI. Quais são os pontos positivos do Lula? Viagens. Muitas viagens. O galinheiro da Marisa, esse é um destaque do Governo. Os gaviões estavam pegando as galinhas, cria-se um galinheiro subterrâneo com o dinheiro do povo. E agora o Presidente anuncia que vai reformar todo o Palácio do Planalto. Lula quer luxo, Lula quer mordomia, Lula quer conforto de Primeiro Mundo com o dinheiro do povo. E os números do seu novo avião são assustadores. Em linguagem simples, que é para todos entenderem, Ver. Pedro Américo Leal, apenas uma prestação do novo avião comprado: 46 milhões e 900 mil reais! Isso representa quase cinqüenta vezes a soma do que o Governo Federal investiu em 2004 na área da Segurança Pública, Transporte e Organização Agrária, Sr. Ver. Renato Guimarães!

E o Lula não paga o que deve ao Governo Rigotto, dinheiro esse que os gaúchos aplicaram em melhoramentos de estradas federais, que não são da nossa competência. Dinheiro para pagar os Estados o Presidente Lula não tem! Mas tem para comprar um avião que terá custo final de 166 milhões e 700 mil reais. É uma babilônia de dinheiro para o ex-metalúrgico empreender suas viagens pelo mundo! Com o pagamento da primeira prestação do avião, consumiram-se três reais em cada quatro reais investidos pelo Governo no campo social, até a última quinta-feira, conforme levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo. Por muito menos, destituiu-se um Presidente!

O povo começa a reagir e já se vê “Fora Lula”, “Fora FMI”, trocando apenas as siglas de FHC. Agora, a decepção venceu a esperança, e o povo vê o País completamente parado! Aqueles que pediam CPIs para soluções de problemas fogem dela agora como o diabo da cruz. Quando eu ia sonhar que veria na mesma mesa de negociações Sarney, ACM, Lula, Palocci, Zé Dirceu?! Isso é para endoidar qualquer um!

No âmbito local, e ainda no espaço que me resta, em resumo, há o Projeto do Executivo que deseja aumentar a alíquota dos servidores. Pede o Executivo 11%, um aumento de 4,25%, no cálculo atuarial fica na base de pouco menos de 8%. É muita cara-de-pau redigir um Projeto dessa natureza, que, por parte deste Vereador, não terá acolhida. Que o Executivo pague primeiro a bimestralidade, e depois, só depois, a gente conversa sobre essa loucura, sobre esse pedido descabido, pedido que fere, que atinge e prejudica cerca de 25 mil famílias! Onze por cento, só porque vocês querem! Mas não vão levar!

Agora, há um detalhe: quando uma Desembargadora declara no Parecer de um pedido de CPI, negando-o, alegando que a Comissão Parlamentar de Inquérito - uma Desembargadora nega uma Comissão Parlamentar de Inquérito - não pode ser instalada, pois mancharia a reputação de algumas figuras políticas, nós temos de pensar no futuro deste País e nos preocupar seriamente. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Valdir Caetano.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; Ver. Ervino Besson, Secretário da Mesa, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero trazer hoje a esta tribuna algo que transcende as questões políticas - cuja efervescência o País está vivendo em dias tumultuados - e que emocionou este Vereador; eu tenho certeza de que é algo que deve ser registrado da tribuna da Câmara de Porto Alegre, porque esta é uma tribuna que ultrapassa os limites da Cidade de Porto Alegre. (Mostra livro.) Este aqui é um livro de uma pessoa que mora em Porto Alegre e que, por intermédio do escritor Tailor Diniz, conta as suas agruras, a sua vida, sua saga, onde perdeu todos os seus familiares e amigos. Trata-se da Srª Hertha Spier, e o nome do livro é A Sobrevivente. Este número aqui que está na capa do livro, A21646, é o número que ela tem no braço ainda hoje, porque lhe foi gravado quando esteve no campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra.

Aqui está, na capa do livro (Lê.): “Personagem de um drama vivido por milhões de judeus durante a Segunda Guerra, Hertha Spier, a prisioneira A21646 de Auschwitz, chegou ao século XXI lúcida para contar as atrocidades que sofreu e testemunhou no pior massacre perpetrado contra seres humanos no século XX.

No dia 15 de abril de 1945, as tropas de libertação a encontraram inconsciente no campo de Bergen-Belsen, na Alemanha, o mesmo onde poucos dias antes morrera a holandesa Anne Frank.

Convidado a transformar essa história em livro, o escritor Tailor Diniz cerziu as lembranças de Hertha Spier no gueto de Cracóvia e em três campos de concentração da Polônia e da Alemanha com a mesma paciência com que ela recuperava o tecido dos uniformes nazistas, roído pelos ratos, no campo de Plaszow, uma atividade que pode ter lhe salvado a vida. Desse trabalho de reconstituição resulta o retrato de uma mulher que sobreviveu à perda de toda a família e, sem casa e sem futuro na Europa devastada, veio parar no Brasil.”

Essa senhora tem dois filhos médicos, um dos quais me honra com a sua amizade, o Dr. Lúcio Spier. Ele viajou para a Alemanha, agora, há poucos dias com sua mãe, a quem conheço pessoalmente, e eu recebi, sábado, dele, o seguinte cartão postal - por isso estou ocupando a tribuna desta Câmara (Lê.): “Auschwitz - 27 de fevereiro de 2004. Nereu e Sônia. Estamos viajando pela Polônia, resgatando a história de nossa família. Em Bielitz, Cidade natal da mãe, o Prefeito entregou a certidão de nascimento que havia sido confiscada pelos nazistas. Em Cracóvia, uma Cidade histórica, belíssima, com vários castelos, recuperamos os arquivos deixados pelos nazistas, vários documentos e até fotos de meus tios e avós”. Agora a frase que emocionou a mim e que emociona o mundo por estar acontecendo com essa personalidade de Porto Alegre (Lê.): “Hoje estamos em Auschwitz, onde ela retorna vitoriosa, após ter sido prisioneira por anos. Retorna com a vida refeita e com a família reconstituída. Está frio, mas não tem atrapalhado. Um abraço, Lúcio.”

Então, vejam bem: alguém que ainda traz no braço o número de Auschwitz e de outros campos de concentração em que esteve internada, onde inclusive perdeu a última irmã, no último ano - ela era a mais jovem da família -, a irmã que lhe fazia às vezes de mãe. Hertha foi encontrada inconsciente, recuperou-se um ano na Suécia e, por intermédio de pessoas com quem tinha feito amizade nos campos de concentração e tinham familiares no Brasil... ela resolveu atravessar o Atlântico e aportou no Rio de Janeiro. Casou-se com um cidadão que era oriundo dos pampas e acabou vindo morar em Porto Alegre. E agora, regressando à Alemanha, voltou àquele campo maldito que envergonha a humanidade, o famoso Auschwitz, e, aí, lá, ela chega com vida e vitoriosa... Aliás, após a morte do seu marido, ela criou os dois filhos, que são médicos. Trabalhando como a primeira caixeira-viajante, no fim dos anos 40, viajando para o Interior, com as estradas esburacadas, conseguiu sobreviver. Formou os dois filhos médicos, comprou dois apartamentos e vive bem até hoje. De modo que essa história maravilhosa...

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Vereador, seu tempo está esgotado.

 

O SR. NEREU DÁVILA: Eu agradeço, Srª Presidente, mas os segundos que ultrapassaram o tempo valem a pena porque é uma história comovente e eu ainda trarei a Dona Hertha, mas numa outra oportunidade, aqui na Câmara, porque uma personagem que esteve em três ou quatro campos de concentração e que tem no braço este número aqui e que mora em Porto Alegre, se esta Câmara não lhe fizer uma homenagem, então não tem de fazer homenagem a mais ninguém. Muito obrigado.

 

(Revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Encerrado o período de Comunicações, passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1.ª SESSÃO

 

PROC. N.º 6578/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 468/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que cria o capoeiródromo no Parque Farroupilha.

 

PROC. N.º 0127/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 040/04, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que concede o troféu Honra ao Mérito ao Senhor Odorico Félix.

 

PROC. N.º 0982/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 042/04, de autoria do Ver. Marcelo Danéris, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Escritor e Poeta Armindo Trevisan.

 

2.ª SESSÃO

 

PROC. N.º 3037/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 192/02, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que denomina Rua Elias um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Lami. Com Emenda n.º 01.

 

PROC. N.º 0065/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 003/04, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que declara de utilidade pública a Comunidade Evangélica Luterana São Paulo.

 

PROC. N.º 0286/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 001/04, que autoriza a desafetação do uso especial de imóvel do domínio público municipal e sua dação em pagamento da indenização por desapropriação amigável das áreas dos imóveis destinados ao Terminal Triângulo, na Av. Assis Brasil, e dá outras providências.

 

PROC. N.º 0287/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 002/04, que desafeta da destinação de uso comum do povo próprio municipal para fins de regularização fundiária através de concessão de Direito real de Uso.

 

PROC. N.º 0288/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 003/04, que autoriza a alienação de próprio municipal ao Condomínio Edifício Ilana e dá outras providências.

 

PROC. N.º 0318/04 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 001/04, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, que altera dispositivos da Lei Complementar n.º 320, de 2 de maio de 1994, e alterações posteriores, que dispõe sobre a denominação de logradouros públicos e dá outras providências.

 

PROC. N.º 0619/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 029/04, de autoria do Ver. Raul Carrion, que institui a Semana Municipal do Artesanato e dá outras providências.

 

PROC. N.º 2366/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 107/03, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que oficializa, no âmbito do Município, a Feira Agropecuária da Produção Primária de Porto Alegre (FEPOAGRO) e dá outras providências.

 

PROC. N.º 5890/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 427/03, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que dispõe sobre a instalação, sinalização, contratação e utilização de controladores eletrônicos de velocidade e de semáforos nas vias públicas de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. N.º 6978/03 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N.º 014/03, que altera a Lei Complementar n.º 434/99, compatibilizando-a com o Estatuto da Cidade, Lei Federal n.º 10.257/01.

 

PROC. N.º 7028/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 124/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede o título honorífico de Líder Comunitário ao Cônego Aleixo Bottan.

 

PROC. N.º 0122/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 017/04, de autoria do Ver. Beto Moesch, que dispõe sobre o tratamento dos passeios públicos e dá outras providências.

 

PROC. N.º 0340/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 023/04, de autoria do Ver. Luiz Braz, que institui o Dia do Trabalhador Gráfico.

 

PROC. N.º 5232/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 388/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que autoriza o Executivo Municipal a conceder benefício financeiro de um salário mínimo a Ivo Lemes Camargo Pedroso e dá outras providências.

 

PROC. N.º 6917/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 123/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que destina Sessão Solene anual em comemoração ao Dia do Trabalhador, na Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 7052/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 482/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que institui o Dia Municipal da Literatura e do Folclore Brasileiros e dá outras providências.

 

PROC. N.º 0855/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 036/04, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que proíbe a cobrança de consumação mínima ou consumação obrigatória em bares, boates, danceterias, casas de show e similares no Município de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 0882/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 052/04, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede a Comenda Pedro Weingärtner ao Senhor Altair Roberto Fulginiti.

 

PROC. N.º 0895/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 040/04, de autoria do Ver. Pedro Américo Leal, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Alcibio Mesquita Bibo Nunes.

 

3.ª SESSÃO

 

PROC. N.º 4393/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 078/03, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que concede o “Troféu Destaque Mário Quintana” ao Colunista Social Paulo Raymundo Gasparotto.

 

PROC. N.º 5222/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 385/03, de autoria do Ver. Wilton Araújo, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Maestro Manoel Luiz Mota Dias.

 

PROC. N.º 7088/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 125/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que concede o troféu Honra ao Mérito ao Senhor Leonid Streliaev.

 

PROC. N.º 0066/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 004/04, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que denomina Praça Padre Mário Tarani um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Vila Ipiranga.

 

PROC. N.º 0073/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 005/04, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Estilista Milka Wolff.

 

PROC. N.º 0815/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 034/04, de autoria do Ver. Zé Valdir, que denomina Complexo Esportivo Cidinho o campo de futebol e as quadras poliesportivas situados junto ao Centro de Comunidade Vila Elisabeth, no Bairro Sarandi.

 

PROC. N.º 0874/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 038/04, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que denomina Rua dos Colibris um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

PROC. N.º 6977/03 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N.º 013/03, que altera a Lei Complementar n.º 434/99, acrescentando o mapa da malha viária básica do Município e estabelecendo diretrizes para rede multimodal de transporte público de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 0042/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 002/04, de autoria do Ver. Raul Carrion, que concede o prêmio Quilombo dos Palmares a Pelópidas Thebano, na modalidade atuação na área artístico-cultural; ao Ministro Joaquim Barbosa, na modalidade atuação política e social, e a Walter Calixto Ferreira (Borel), na modalidade atuação na área afro-religiosa.

 

PROC. N.º 0047/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 003/04, de autoria do Ver. Raul Carrion, que concede o Prêmio de Cidadania e Direitos Humanos Herbert de Souza à Fundação Diocesana Pão dos Pobres de Santo Antônio.

 

PROC. N.º 0053/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 005/04, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que concede o Prêmio Mário Rigatto ao Dr. Gustavo Py Gomes da Silveira.

 

PROC. N.º 0055/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 006/04, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Cantor e Compositor Gilberto Monteiro.

 

PROC. N.º 0888/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 053/04, de autoria da Mesa Diretora, que altera a Lei municipal n.º 5.811/86 (Sistema Classificado de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre), com a mudança da definição de classe que passa a ser a mesma estabelecida pela Lei Complementar municipal n.º 133/85 (Estatuto do Funcionário Público do Município de Porto Alegre) e dá outras providências.

 

PROC. N.º 0125/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 038/04, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que concede o Prêmio de Cidadania e Direitos Humanos Herbert de Souza à Empresa Restinga Transportes Coletivos Ltda.

 

PROC. N.º 0350/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 024/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Amauri Flores Bueno.

 

PROC. N.º 0492/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 050/04, de autoria do Ver. Raul Carrion, que concede o Prêmio Mérito Sindical à Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado do Rio Grande do Sul.

 

PROC. N.º 0635/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 031/04, de autoria do Ver. Wilton Araújo, que denomina Complexo Cultural Carlos Alberto Barcelos – Roxo – a pista oficial de eventos e desfiles carnavalescos e sua estrutura.

 

PROC. N.º 0773/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 033/04, de autoria do Ver. Valdir Caetano, que autoriza o Executivo Municipal a instituir o sistema público de vigilância eletrônica na cidade de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 0843/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 035/04, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Mario Salomão Sada.

 

PROC. N.º 0856/04 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N.º 001/04, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que dá nova redação ao “caput” do art. 51 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre.  (Recesso)

 

PROC. N.º 0873/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 037/04, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que denomina Rua das Margaridas um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Há 43 Projetos de Lei em discussão.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, art. 14 da Lei Orgânica (Lê.): “Os bens de uso comum do povo devem ter sempre um conjunto mínimo de elementos naturais ou de obras de urbanização que caracterizam sua destinação. Parágrafo único - As áreas verdes podem ser cultivadas e mantidas com a participação da comunidade.” Art. 203, Inciso IV (Lê.): “Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, como bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida, preservando e restaurando os processos ecológicos, provendo o manejo ecológico das espécies e ecossistemas, e controlando a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a qualidade de vida.” Essas são obrigações do Prefeito para manter as áreas verdes. E o art. 239 diz (Lê.): “As áreas verdes, praças, parques, jardins, unidades de conservação e reservas ecológicas municipais são patrimônio público inalienável.”

A Prefeitura traz aqui, na Pauta do dia de hoje, dois Processos de desafetação de áreas. Um desafeta uma área para viabilizar o acerto de contas do Terminal Triângulo na Av. Assis Brasil. Examinei, é uma área de cento e poucos metros quadrados que estava destinada a uma estação de tratamento de esgoto, que se torna desnecessária. Portanto, é um bem dominial da Prefeitura. Está-se desafetando, até não sei por que, não havia necessidade. Mas esse outro aqui está desafetando uma área destinada à praça, uma área de pouco mais de dez mil metros quadrados destinada à praça.

Eu acho que nós todos juramos cumprir a Lei Orgânica, nós não vamos permitir que essa barbaridade ocorra, até porque a Prefeitura está acostumada a não cumprir as leis. Mas é uma Prefeitura muito interessante. Por exemplo, muitos Vereadores devem ter lido o Decreto que autorizou o corte de vinte e duas árvores na Rua Thomaz Flores com Vasco da Gama. A autorização foi feita para que a Prefeitura pudesse vender um terreno que tinha vinte e duas belas árvores, totalmente ocupado por essas árvores, numa esquina que, se as árvores ficassem, ficaria muito bem. A Prefeitura autorizou, na Rua Correa Lima, o corte de 154 árvores. É verdade que foi para fazer uma meritória escola, mas será que as 154 árvores poderiam ser cortadas? E os freqüentes Decretos da Prefeitura que autorizam o corte de árvores que são especificamente proibidas, como é o caso da figueira, que é a árvore-símbolo do Rio Grande do Sul? Eu não sei como é que a Prefeitura consegue fazer, mas é claro, temos sido muito poucos exigentes com os senhores donos da Prefeitura, porque eles fazem o que querem; é o caso da bimestralidade, lembrada aqui, agora, que faz quase um ano que o Prefeito, mesmo tendo sobrado 54 milhões de reais, segundo informações do Secretário da Fazenda no final do ano, não pagou a bimestralidade nenhuma vez depois de março.

Portanto, acho que temos de exigir que essa área não seja transformada como a Cosme e Galvão, de área de praça em área eleitoral ou eleitoreira, como queiram todos, como é o caso da Vila Planetário, que era uma área de escola e se transformou num centro de propaganda em períodos eleitorais, todos eles do PT, de parede inteira. Saúde e PAZ!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Renato Guimarães está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Carlos Pestana está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Zé Valdir está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, são muitos os Projetos que tramitam na Pauta do nosso Legislativo. Eu quero começar pelo Projeto que altera a Lei Complementar nº 434, de 1999, compatibilizando-se com o Estatuto da Cidade. Aqui é preciso fazer uma contextualização desta matéria. O nosso Estatuto da Cidade é uma Lei que demorou muito tempo no Congresso Nacional para a sua aprovação, e eu considero uma Lei muito boa, oportuna, ela resgata muitos eixos, e um deles é a questão da regularização fundiária. Nós fizemos uma leitura preliminar deste Projeto, e, aqui, parece-me que a Prefeitura está fazendo aquilo que ela copiou do Ministro Ricupero: o que é bom ela faz; o que é bom para ela, ela divulga e não quer discutir na inteireza essa matéria.

Ver. Beto Moesch, V. Exª, como eu, como o Wilton Araújo, Ver. Reginaldo Pujol, é relator desta matéria que se encontra pendente, que se encontra em discussão nesta Casa, chamada Plano Diretor - revisão do Plano Diretor. Este Projeto é um Projeto que vem, corre Pauta, mas será distribuído para a Comissão do Plano Diretor, e aqui eu vejo algumas representações, na nossa galeria, da sociedade civil organizada, especialmente dos bairros da Cidade. Então, esta matéria, por mais que ela seja discutida aqui pelos Vereadores, só vai ter um bom encaminhamento se nós conseguirmos trazer para esse debate o movimento popular, porque eu não posso regularizar algumas coisas do Estatuto da Cidade e deixar outras coisas pendentes; é isso que está posto, é isso que está colocado no Projeto ora em discussão. Portanto, nós queremos aprofundar esse debate com muita tranqüilidade, com muita firmeza, mas a Prefeitura não pode querer fazer pela metade a sua regulamentação.

Até eu diria que o Plano Diretor da Cidade foi uma grande carta de intenções, Ver. Dib, mas de carta de intenções este País está cheio. Por exemplo, a Constituição é uma boa carta de intenção; o ECA é um bom instrumento na defesa dos adolescentes, como carta de intenção; o Código do Consumidor é uma carta de intenção e o Plano Diretor de Porto Alegre é uma boa carta de intenção. Ver. Luiz Braz, V. Exª que conhece, como muitos desta Casa, profundamente, até por que V. Exas fizeram parte do momento da feitura do Plano Diretor de 1999, sabe o que é uma carta de intenções e que muitas das intenções não foram transformadas em realidade. É claro que o Estatuto da Cidade é uma Lei que vem pós-Plano Diretor, mas muitas coisas, Ver. João Bosco, já deveriam ter acontecido independente do Estatuto da Cidade. Muitas e muitas coisas não aconteceram mesmo tendo prazo estabelecido para tal.

Então, parece-me que este Projeto de Lei, com todo respeito, merece uma discussão muito aprofundada. Nós temos de pautar, na Comissão do Plano Diretor, tantos quantos debates forem necessários, porque não vamos querer regulamentar a questão do Estatuto da Cidade só naquilo que interessa à Prefeitura e aos empresários. Queremos regulamentar na sua inteireza, especialmente querendo transformar a posse em propriedade a centenas de pessoas nesta Cidade que vivem há muitos anos e que de lá não vão sair, e muitas delas em áreas públicas.

Não há de se transferir responsabilidade, porque, se eu não faço o meu dever de casa, eu não tenho obrigação de cobrar lá de fora. O Poder Público, que tem muitas áreas, tem de começar a lição pela sua casa, transformar posse em propriedade, porque com isso está-se fazendo aquilo que se chama inclusão social; a inclusão social a gente não faz no discurso, a gente não faz na distribuição de panfletos, a gente faz quando a gente tem o poder nas mãos, especialmente o Poder Executivo, de transformar o discurso numa realidade. Essa é uma grande oportunidade para que a nossa Prefeitura, efetivamente, governe para os pequenos, porque, na verdade, a Prefeitura e o Governo da República têm um discurso para os pequenos, mas têm governado mesmo é para os grandes, especialmente para a banqueirada e para o Fundo Monetário. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Darci Campani está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. DARCI CAMPANI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, aproveito o espaço de Pauta para fazer um alerta e até consultaria especificamente à Diretoria Legislativa, pois tramita, em 2ª Sessão de Pauta, o Projeto do Ver. Reginaldo Pujol, que oficializa, no âmbito do Município, a Feira Agropecuária da Produção Primária de Porto Alegre. Como foi, talvez, noticiado na última Sessão - na quinta-feira da semana anterior eu estava com problema de saúde, não pude participar da 1ª Sessão que tratou desse assunto -, esta Lei já existe. Ou seja, trata-se de um Projeto de Lei sobre uma Lei que já existe. Eu não sei como é que ficaria, Sr. Presidente em exercício, tendo em vista que, em 1995 ou 1996, nós apresentamos um Projeto de Lei de igual teor, o qual foi aprovado e sancionado pelo Sr. Prefeito. Portanto, a Lei já existe. O Projeto de Lei pode até fazer alterações à Lei existente. Ele tem, inclusive, Parecer da Procuradoria da Casa, dizendo que está com vício de origem, por não poder determinar coisas para o Executivo fazer. Então, como já existe a Lei, o Ver. Reginaldo Pujol, que propôs o Projeto de Lei, poderia melhorar a redação dessa Lei que nós apresentamos nesta Casa e que foi aprovada em 1995, 1996. No entanto, fazer um novo Projeto de Lei só complica mais as coisas, porque nós teremos duas feiras agropecuárias na Cidade de Porto Alegre, caso as duas Leis forem implementadas: uma, por um Projeto de Lei; e outra que tem uma pequena diferença, mas trata do mesmo assunto. Nós já temos em Porto Alegre duas feiras: a Feira do Pêssego e a Festa da Ameixa e da Uva. Já são duas que são realizadas.

A idéia é boa, no sentido de ter uma grande atividade, já que Porto Alegre também tem uma atividade pecuária muito grande. Nós já tivemos aqui, por exemplo, no Morro Santana, uma instituição, uma parte da FEBEM, que já teve gado leiteiro premiado na exposição de Esteio. E, felizmente, tentou-se recuperar novamente a estrutura da FEBEM. Não sei como está agora com este um ano de Governo Rigotto, se conseguiu se manter ou se também já está se desestruturando como o resto do Estado. Mas temos, na Cidade de Porto Alegre, projetos da Prefeitura específicos na área da suinocultura. Então, temos uma produção agrícola bastante vasta, iniciando pelo pêssego, passando pela uva, pela ameixa.

Na área da pecuária, também temos na Zona Sul, no Lami, naquela região, grandes - no sentido de bem capacitados - produtores de gado de corte e, também, uma produção significativa de gado leiteiro, que deveria ser exposta numa feira, cuja Lei já está vigendo. Já conversamos com o Ver. Adeli Sell, hoje Secretário Municipal de Indústria e Comércio, para viabilizar, para concretizar esse evento. Estão sendo feitas as devidas tratativas dentro da Prefeitura, nós sabemos que são recursos que envolvem o Conselho Municipal de Agricultura e Abastecimento.

O Projeto de Lei, inclusive, ignora a existência, na Cidade de Porto Alegre, de um Conselho Municipal de Agricultura e Abastecimento, que funciona. Ele cria uma outra comissão que vai tocar a feira, com outras instituições, como a Farsul, a Brigada Militar, a SMIC, a SMAM, o Sindicato Rural, o Senar, a Emater, a Fetag. Boa parte dessas instituições já está fazendo parte do Conselho Municipal de Agricultura e Abastecimento que nós criamos nesta Casa e que funciona desde 1995.

O Ver. Reginaldo Pujol, apesar da sua grande preocupação, está apresentando um Projeto de Lei que já existe, tanto na parte de criar um conselho, como na parte de criar a feira. Nos pediríamos ao Sr. Presidente da Casa que encaminhasse à Diretoria Legislativa a sugestão de que se faça uma emenda ao Projeto de Lei, para que não tenhamos duas feiras na nossa Cidade.

Gostaria, também, de parabenizar o Ver. Raul Carrion, aproveitando os segundos que me restam, sobre o Projeto do capoeiródromo. Acho que, realmente, a prática de esportes em espaços públicos deveria ser cada vez mais incentivada - sabemos dos esforços da Secretária Rejane Rodrigues para fazê-lo -, e é importante o reconhecimento da capoeira como esporte representativo do povo brasileiro, especificamente aqui no Rio Grande do Sul, onde temos grandes mestres. Sei das dificuldades de implementação, que vai depender de toda uma discussão e, até, da viabilização de verbas junto ao Orçamento Participativo. Parabenizo o Vereador pelo Projeto apresentado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Com relação à questão do Ver. Darci Campani, eu devo dizer que, na própria Comissão de Justiça, pode haver, quando do parecer que será exarado, a indicação para a correção do Processo ali mesmo. E pode haver, também, por parte da própria Presidência da Casa, que também tem essas atribuições pelo Regimento, a iniciativa de retirá-lo, se for um Projeto flagrantemente inconstitucional.

 

O SR. DARCI CAMPANI: Agradecemos a informação, mas o problema é que, além de ser inconstitucional, ele legisla sobre assunto já existente. Acho que, realmente, fica para a Presidência a posição de possibilidade de pedir ao Vereador que transforme até, se for o caso, num projeto de alteração da Lei ou algo assim.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Eu estou recebendo agora da Diretoria Legislativa a informação de que o Ver. Reginaldo Pujol, autor desta proposição, será informado para fazer a correção necessária, para que o Projeto possa seguir a tramitação ou que seja retirado de tramitação, se assim for o caso.

O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ilustres visitantes, inclusive, faço uma saudação muito especial à turma de funcionários da Prefeitura Municipal que está bravamente lutando pelos seus índices percentuais de desconto para fins previdenciários.

Eu compreendi perfeitamente o espírito do que disse o Ver. Darci Campani, no sentido de que realmente não se pode superpor dois nomes de ruas, duas festas. Acontece que este Projeto do Ver. Reginaldo Pujol oficializa a Fepoagro - Feira Agropecuária da Produção Primária de Porto Alegre. Realmente, quem das pessoas que estão aqui - eu gostaria que levantassem a mão - já comparecem a essa feira? Sabem por quê? Porque a Festa do Pêssego, na Vila Nova, a da Ameixa, na Vila Nova, e a da Uva, na Vila Nova, são festas isoladas, sazonais, e a questão da Fepoagro é um pouco diferente, ela reuniria tudo, inclusive a nossa agropecuária. Por quê? Porque nós temos mais de 30% da área de Porto Alegre ainda em condições de verde, ainda em condições agricultáveis. O Plano Diretor criou o setor urbano junto com o rural, chamando-o de rururbano, e o Imposto ficou Predial e Territorial, unificado em toda a Porto Alegre, foi uma forma, inclusive, de matar a produção primária e de expansão das moradias da Cidade em direção a essas áreas onde há toda essa plantação.

Eu acabo de falar agora com uma das pessoas que estudam esse problema, que é o Professor Teodoro, que está aqui conosco e que tem um projeto fantástico na área da plantação no espaço urbano, inclusive com irrigação do lençol freático, da forma mais importante possível, dentro do sistema urbano. E nós teríamos plantação suspensa, inclusive com a mesma riqueza de solo, com a mesma irrigação e com a produção acima da média. Pode-se difundir como cultura nesta Cidade, para depois, então, passar para uma produção primária.

 

O Sr. Darci Campani: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Como engenheiro agrônomo que acompanha essa situação e como professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, quero dizer que, na produção agrícola de Porto Alegre, não houve decaimento. Ela está produzindo tanto quanto há muitos anos, hoje ainda é referência nacional na produção de pêssego. E os imóveis que estão na área chamada rururbana e que têm produção agrícola são isentos de IPTU. A Cidade de Porto Alegre hoje é filiada e participa ativamente da Rede Urb-AL, que tem um programa específico de agricultura urbana. Há uma série de esforços que estão sendo feitos, e a produção agrícola continua a mesma, ao contrário da sua informação de que havia diminuído a produção agrícola.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Inclusive, é claro que o imposto, na medida em que invade essa área agrícola, o Imposto Predial e Territorial Urbano, evidentemente, vai diminuir. Isso é uma tendência natural, e a gente compreende. Ontem, eu estava no Lami e estava vendo propriedades particulares que poderiam estar rendendo, que poderiam ter investimentos. Os proprietários se queixam exatamente disso.

Acontece o seguinte...nós podemos fazer muito mais, mas a proposta é de uma feira. Não houve até hoje em Porto Alegre a criação de uma feira de agropecuária e de produção primária. Digam-me o nome da primeira feira, onde é que ela foi, quem compareceu, que eu abro mão do pensamento. Trata-se de uma excelente idéia, um excelente Projeto, e, quem sabe, unindo os esforços de dois ou três Projetos diferentes, esta Casa possa produzir um evento fantástico na Cidade de Porto Alegre, atraindo turistas, desenvolvendo a nossa produção um pouco mais com novos pólos de atração na Cidade. Por que não fazer dos pólos rurais da Cidade pontos de atração, assim como são os pólos comerciais e industriais?

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente em exercício, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias, colegas funcionários desta Casa que estão aqui nessa luta do direito adquirido, quero saudar a cada um e a cada uma de vocês. Na mesma linha do Ver. Cláudio Sebenelo, este Projeto de Lei do Legislativo nº 107/03, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, quer oficializar, no âmbito do Município, a Feira Agropecuária da Produção Primária de Porto Alegre. Sem dúvida nenhuma, meus caros colegas Vereadores, pessoas que nos assistem pela TVCâmara, é um belo Projeto. Na Zona Sul de Porto Alegre - graças ao esforço de algumas famílias ligadas a nossa produção primária -, ainda há, dentro da nossa Cidade, um cinturão verde, uma área extremamente produtiva. E o incentivo que hoje a nossa produção está recebendo na Cidade de Porto Alegre deveria espalhar-se para todo o nosso Rio Grande e para todo o nosso País. Se nós quisermos que este País mude a sua política agrícola, mude a assustadora evasão que temos hoje na agricultura, sem dúvida nenhuma, terá de ter, por parte dos nossos Governos, iniciando lá pelo nosso Presidente da República, estendendo-se aos Estados e aos Municípios - por que não? - incentivos, para que eles consigam ficar produzindo nos seus locais de origem. A produção do nosso alimento, a recuperação do nosso País, sem dúvida nenhuma, se dará por meio do incentivo à produção primária.

O Ver. Reginaldo Pujol, habilmente, inteligentemente, apresenta este Projeto aqui na Câmara de Vereadores. Com certeza, este Projeto terá amplo apoio de todos os Srs. Vereadores e Vereadoras. É mais um incentivo a nossa produção. O nosso produtor quer, sim, incentivo, quer ser valorizado no seu trabalho do dia-a-dia, como está acontecendo hoje, apesar de um pouco tardiamente. Mas, graças a Deus, o nosso produtor, principalmente o nosso produtor de pêssegos - temos grande quantidade naquela região, assim como ameixa, figo, uva -, está tendo um incentivo dos nossos Órgãos competentes, que não fazem nada mais nada menos do que sua obrigação, incentivando os nossos produtores e dando condições para que eles consigam vender os seus produtos, recebendo um retorno satisfatório para ampliarem a área produtiva.

Eu moro na Zona Sul de Porto Alegre e tenho muito orgulho, sinto-me extremamente gratificado e contente quando falo com um produtor. Na semana passada, quando falei com um produtor de pêssego, de ameixa e de uva, ouvi dele, que também falou em nome dos outros produtores, que hoje ele está se sentindo incentivado e, por isso, vai ampliar a sua produção. Na pecuária temos o exemplo do Sr. Erci Moser. O Sr. Erci, inclusive no ano passado, recebeu três prêmios nas diversas exposições e feiras de gado de que participou, sendo premiado pela qualidade do seu gado. Ele está criando aqui perto, na região do Lami.

Portanto, fica aqui este registro e este reconhecimento, e, mais uma vez, para encerrar, Srª Presidente, quero parabenizar o Ver. Reginaldo Pujol por esta brilhante idéia.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Encerrado o período de Pauta.

O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; colegas Vereadores e colegas Vereadoras, eu inicio este pronunciamento lamentando que a Verª Maristela Maffei não esteja presente, porque ela, na semana passada, de forma frenética, veio ao microfone dizendo que famílias estavam sendo despejadas na Atílio Supertti, dizia ainda: “Eu estarei lá meia hora antes de a Brigada chegar”.

Eu e o Ver. Raul Carrion chegamos lá às 6h30min, 6h45min; lá permaneci até as 11 horas, e a Verª Maristela não compareceu. Acho que não estava dormindo, é uma trabalhadora! Acho que não estava dormindo, mas gostaria de ouvir a sua explicação, afinal de contas, ela fez um frenesi danado aqui. E nós estivemos lá para reafirmar aquilo que o Governo do Estado havia dito aqui: assinou o termo de acordo de aportar 150 mil reais, como parceiro na luta daqueles dignos trabalhadores. Mas eu tenho certeza de que, num outro momento, a Verª Maristela Maffei se fará presente. Essa é a primeira questão que eu gostaria de abordar.

Em segundo lugar, eu quero dizer - e vejo aqui muitos servidores do Município de Porto Alegre - que falta apenas uma assinatura, a da Líder do PPS, Verª Clênia Maranhão. Os demais Líderes de Oposição desta Casa já assinaram, e, Srª Presidenta, tão logo a Verª Clênia compareça a este Plenário, nós vamos protocolar, na Diretoria Legislativa, um pedido de Audiência Pública sobre a questão envolvendo o Previmpa. Nós fazemos isso com a responsabilidade de quem quer resolver o assunto. Nós achamos que há contradições que precisam ser esclarecidas; achamos que os Governos são temporários e os servidores são permanentes. A eles, todos nós, que somos agentes públicos, devemos dispensar uma atenção muito especial, porque eles são a mola propulsora da máquina administrativa. Então, nós estaremos protocolando, Ver. Pestana, para um debate com quem quer debater a matéria. Nós não queremos virar e dizer: “Olha, nós não queremos enfrentar esse tema”, pois acho que ele tem de ser enfrentado. Portanto, eu espero a sensibilidade da Srª Presidenta e, com certeza, depois concertar com todos os Partidos, para que a gente possa produzir uma Audiência Pública proveitosa e responsável, e que ganhem os servidores, a cidadania e a Cidade de Porto Alegre.

Terceiro, eu gostaria também de dizer o seguinte: o Secretário Osmar Terra, Ver. Renato, informou-me agora há pouco o seguinte: primeiro, que 85% das demandas dos remédios especiais estão sendo atendidos. Portanto, 15% não têm sido atendidos. Disse ainda que o Governo do Estado está gastando, atualmente, aproximadamente nove milhões mensais com a compra desses medicamentos e que se coloca à disposição para debater a matéria. Aí, evidentemente, eu quero debater junto com a Prefeitura, porque os outros medicamentos básicos são de responsabilidade da municipalidade.

Eu queria finalizar, mas não consigo, neste curto espaço de tempo, Ver. Sebenelo. Amanhã nós estaremos fazendo uma visita à Comissão de Saúde, e quero convidar V. Exª e todos os demais Vereadores. Estaremos indo amanhã de manhã no Pronto Socorro Municipal para analisar essa superlotação, porque houve a construção do anexo, o assunto permanece nas páginas dos jornais, e nós achamos que a Comissão de Saúde precisa in loco socorrer centenas de pessoas que hoje, infelizmente, acabam nas emergências porque há um estrangulamento nessa questão da Saúde. Eu não quero enveredar para o lado de um discurso eleitoreiro, mas a Saúde em Porto Alegre não vai bem. O povo na rua tem-nos dito isso. Há gente que morre antes de ser chamada para uma consulta especializada. Se faltam remédios no Estado - é verdade -, também faltam os remédios básicos na municipalidade, não é verdade, Ver. Renato? Em janeiro não havia os remédios, quando chegou o remédio, não havia o farmacêutico. Essa é a realidade, não vamos tapar o sol com a peneira grossa.

Portanto, eu penso que a Comissão de Saúde tem de balizar uma discussão. Nós queremos ouvir a Secretária, ela disse que quer vir aqui na Comissão, vamos proporcionar, ela tem todo o direito de vir aqui expor, e nós estabelecermos o contraditório. Muito obrigado, Srª Presidenta, por ter compreendido o fato de este Vereador se exceder no tempo.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, não é a primeira vez que venho a esta tribuna para dizer da minha intolerância com o art. 81 da Lei Orgânica. Eu acho que, excepcionalmente, sem dúvida, ele pode ser usado, mas muito excepcionalmente! Se nós olharmos, matérias da mais alta relevância estão na Ordem do Dia sob a égide do art. 81 e nós não votamos também, porque parece que não há preocupação em votar ou não votar.

Agora, o Prefeito, por intermédio da sua Bancada, pediu o art. 81 para examinar o problema do Previmpa. Ninguém tem uma posição firmada, ninguém sabe bem por que, ninguém foi notificado sobre as razões. Apenas, no dia 26 de fevereiro, ele mandou mais uma Mensagem Retificativa. No ano passado foi apresentada Emenda, eram 9%, agora ele diz que são 11%. Mas ninguém sabe por que são 9%, ninguém sabe por que são 11%, não discutiram com ninguém. Eu disse, esse dias, que deve ter sido feito lá no Congresso Nacional a mesma coisa que a Zélia Cardoso de Mello fez: três papeizinhos, eram 40, 50, 80, saiu 50, deu 50. Porque duvido que eles saibam dizer por que chegamos a 11%, se aumentou o tempo de contribuição, se aumentou o número de pessoas - pelo menos na Emenda Constitucional - que vão ter de pagar, se não aumentou o benefício para ninguém. Por que 11%? Ninguém sabe.

Agora, o Prefeito, no meu entendimento, agiu muito mal. O Prefeito não está desprotegido na Lei Orgânica, o Vereador pode utilizar o art. 81, sim, quando, num caso excepcional, ele desejar ver um projeto votado e notar que há muito tempo ele está aí, que não dão parecer, então ele pode fazer. “O Prefeito” - na forma da Lei Orgânica, art. 95 - “poderá solicitar urgência nos projetos de lei de sua iniciativa, caso em que deverão ser apreciados em quarenta e cinco dias. Parágrafo 1º - A solicitação de urgência poderá ser feita em qualquer fase de andamento do processo.”

Ora, nós não temos nem o parecer da Comissão de Justiça, não há parecer de ninguém, todos os Vereadores têm algumas dúvidas sobre a matéria, os servidores estão em pé-de-guerra. Eu acho que esse documento, que eu também assinei, que pede uma audiência das entidades representativas dos servidores é da mais alta relevância para os servidores, para o Prefeito, para a Cidade.

Portanto, eu acho que seria de bom alvitre que o Ver. Carlos Pestana, autor do Requerimento pedindo art. 81, retirasse, deixasse para examinar com a tranqüilidade que precisa ser examinado. Ninguém está colocando dúvidas de que precisa ser analisado, mas todo o mundo quer consciência e também quer, por outro lado, saber por que não recebeu a bimestralidade, porque foi provado aqui desta tribuna, foi provado na Comissão de Justiça que ele poderia ter pago os 2,46% e não pagou. Declarou para os servidores que a arrecadação dos 12 meses anteriores era de 1 bilhão e 460 milhões de reais e para o Tribunal de Contas ele declarou que foi 1 bilhão e 512 milhões de reais, o que possibilitaria, sem nenhuma dúvida, o pagamento dos 2,46%. E, depois, o Secretário da Fazenda, quando leu no Correio do Povo a informação que eu havia dado, confirmou que foi de 1 bilhão e 512 milhões de reais. Então, de forma ilegal, de forma prepotente, deixaram de pagar, até agora, a bimestralidade.

Então, algumas coisas têm de ser acertadas, eu não sei por que não acertam todas de uma vez só. Por que não analisam? Quando fui Prefeito, nós analisamos com os servidores o Estatuto dos Servidores e o Plano de Carreira. Por que a Prefeitura mandou contratar gente de São Paulo para fazer um Plano de Carreira, se não conheciam a Prefeitura, como iriam fazer um Plano de Carreira? Pagaram e não usaram. Eu acho que é chegada a hora de troca de idéias, a hora da comunicação, a hora de tentar buscar soluções e não criar mais problemas. Saúde e PAZ! (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, na semana passada, li uma matéria a respeito da volta do Ver. Adeli Sell a esta Casa, com a substituição pelo Edson Silva do PCdoB, com outro perfil, quando o Ver. Adeli, o Xerife, está brigando no Centro. O outro que vai assumir no mês que vem diz que vai fazer tudo diferente. Aí nós chegamos à conclusão, Ver. Cláudio Sebenelo, de que este Prefeito que está aí, que não foi eleito pelo povo, não manda nada, não tem liderança nenhuma!

 

(Manifestação do Plenário.)

 

Quem foi eleito foi o Prefeito, o Vice não foi eleito. Ele pegou uma mentira do outro e assumiu.

Então, o Ver. Adeli, que briga no Centro da Cidade contra os camelôs, agora, vai ser substituído por alguém de outro Partido - PCdoB -, com outro perfil. As nossas famílias não têm mais coragem de ir ao Centro - o Centro da Cidade, que nós já conhecemos há muitos anos, que o PT bagunçou por 16 anos, desestruturou o Centro da Cidade. Aí o Adeli brigava e nós até apoiávamos, mas depois começou a brigar, mas pára aí! Secretário não tem de brigar no Centro! Quantas vezes eu ia ao Centro e me relatavam: “Olha, o Secretário Adeli está brigando com os camelôs!” Mas ele não é Polícia! Ele não é delegado! Agora entra outro e diz que vai fazer tudo diferente. Entenda esta Prefeitura! É por isso que esgotou; esse processo do PT em Porto Alegre esgotou! O Prefeito não manda, não tem condição, perfil de mandar. Parece-me que não tem liderança, Ver. Besson, para dizer: “Olha, vocês não têm nada que brigar! É assim, esse é o processo do PT.” Mas o PT já não sabe mais o que faz.

Hoje, por exemplo, o Presidente do PL nacional está pedindo a retirada do Ministro Palocci, ex-Prefeito de Ribeirão Preto, porque o seu Secretário, na época, está meio enrolado em algumas falcatruas, conforme denúncias. Então, o PL, que é aliado e que tem o Vice-Presidente da República, que também critica os juros neste País, que são muito alto, está pedindo o afastamento do Ministro da Economia. Então, este é o pior momento da política brasileira! O adesismo, a vergonha nacional - é o pior momento da política brasileira! Não temos mais referências!

Em Porto Alegre, esgotou-se tudo. A Saúde está um caos, não temos remédios, não temos médicos e não querem deixar sair a CPI. Eu acho que esta Casa tinha de assinar, sim, um requerimento dando força à CPI do Estado, do Município e da União, para nós vermos se o PT tem coragem, porque o PT já está contestando o Governo Federal por outros caminhos, malandramente, como sempre fizeram, estão criticando a política econômica do Lula, mas não tem coragem de assumir, e isso eles vão querer mentir à população de Porto Alegre no dia 03 de outubro, Ver. Besson, dizendo que eles são Oposição ao PT, Oposição ao Lula, e aí é brincadeira! É o que eles estão tentando por fora, com essas notas, nós já conhecemos esse processo. Assim como estão tentando enrolar o meu Partido, o PTB, quando vai lá fazer uma visita, colocam uma foto no jornal, como se nós estivéssemos fazendo coligação com o PT. Não existe essa possibilidade em Porto Alegre. A nossa base eleitoral não permite. E isso não irá acontecer! Mas como eles manobram dentro de muitos jornais, editores, e isso eles faziam muito com a propaganda, mas esgotou o processo em Porto Alegre! Portanto, termino dizendo o seguinte: é o pior momento da política brasileira! Obrigado, Presidenta.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Pestana está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS PESTANA: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, a primeira questão a ser abordada é sobre o documento, conforme fui informado agora pelo Ver. Sebastião Melo, que está sendo assinado pela Oposição - falta só a assinatura da Verª Clênia Maranhão, do PPS -, propondo Audiência Pública para os servidores municipais. Quero dizer que, se tivessem procurado a nossa Bancada, certamente, também assinaríamos o documento.

Falei com V. Exª quando do nosso debate aqui, há duas Sessões, quando se discutia o assunto da Previdência, sobre a nossa disposição, a mesma disposição que já demonstramos na formação do Previmpa, já demonstramos na discussão do Projeto que veio no ano passado. Ver. João Dib, no ano passado, este Projeto foi discutido nesta Casa, quando V. Exª era Presidente. Então, não é a primeira vez que ele vem a esta Casa. O que se modificou no Projeto foi, fundamentalmente, a questão da alíquota dos 11%. Por acordo com os servidores, nós havíamos retirado o Projeto, porque havia a expectativa da PEC paralela, que acabou não acontecendo no período do recesso, com convocação extraordinária. Mas estamos dispostos, sim.

Quero alertar o Ver. João Dib sobre duas questões: a primeira questão é que o seu Partido, no Congresso, votou a Reforma da Previdência; a segunda questão é que o seu Partido, na Assembléia, está defendendo os 11% sem o cálculo atuarial. Peço a V. Exª a mesma coerência partidária, seja na Assembléia, seja na Câmara de Porto Alegre.

Quero continuar a pauta da outra discussão levantada pelo Ver. Cassiá Carpes. O Ver. Cassiá Carpes faz um relato, um conjunto de afirmações aqui, dizendo que nós estamos enganando a população há 16 anos! Há 16 anos, consecutivamente, nós ganhamos as eleições, ganhamos o reconhecimento da população, mas estamos enganando a população! Estamos enganando, inclusive, o seu Partido - só não enganamos ele! Para ele, sim, o que fizemos em Porto Alegre pouco ou nada representa, porque o seu Partido está sendo enrolado, a população está sendo enrolada, menos ele.

E aí é desconsiderar o conjunto de conquistas que a população de Porto Alegre teve sob a administração da Frente Popular. Eu já registrei o que foram esses 16 anos: melhor cidade em termos de qualidade de vida; capital da democracia representativa; capital do Fórum Social Mundial; capital escolhida pelos usuários da Saúde, no Governo Fernando Henrique Cardoso, com o melhor sistema de saúde; Prefeito Criança por vários anos; melhor empresa pública de ônibus do País, não escolhida por nós, mas pelo conjunto das empresas; melhor empresa de ônibus do País. Enfim, é um conjunto de prêmios e reconhecimentos que faz, que justifica, melhor dizendo, as razões pelas quais Porto Alegre está sob o mesmo Governo nesses 16 anos. Não reconhecer isso é não dialogar com a realidade, é não reconhecer minimamente o que este Governo, o que esta Administração fez. Infelizmente, esta Oposição, que não reconhece isso, que não dialoga com isso, tem muita dificuldade de entender por que nós administramos esta Cidade há mais de 16 anos e, certamente, vamos administrar esta Cidade por mais de 20 anos.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Verª Margarete Moraes, Presidente desta Casa; Ver. Ervino Besson, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, existem algumas pessoas nesta Cidade que não acreditam que a nossa Capital seja realmente aquela que tem a melhor qualidade de vida. Por exemplo, aquelas pessoas que estão passando por aquele despejo ali na Atílio Supertti e pessoas que visitei ontem no Jardim Marabá, também na Zona Sul da Cidade, que passam por uma situação mais ou menos parecida, Ver. Sebastião Melo, V. Exª que conhece bem aquela região do Jardim Marabá. V. Exª Imagine só o seguinte: as pessoas que estão lá provisoriamente no local - mais ou menos, são umas 500 famílias no total - vêem no Orçamento Participativo a grande saída para o sistema de moradia ou para, de repente, salvar a sua condição de moradia naquele local. Elas participaram de reuniões do Orçamento Participativo, e, nessas reuniões do Orçamento Participativo, está a destinação, no caderno do ano passado, de uma quantia em dinheiro no total de 600 mil reais para habitação daquela comunidade.

Ontem nós fomos olhar o processo, Ver. Sebastião Melo. O que está lá no processo para que aquelas famílias possam deixar o local? O DEMHAB, há questão de alguns meses, interveio no processo, fez um acordo dentro do processo, colocando que, no prazo de um ano, aquelas famílias seriam retiradas do local para serem levadas para um outro local. E aí eu comecei a não entender o porquê de tudo isso, porque lá é o antigo Parque Knor; é de uma massa falida da Marsiaj Oliveira. Ora! Por que, meu Deus do céu, esses 600 mil reais, que foram destinados no papel só para enganar as pessoas, naquele caderninho do Orçamento Participativo, não servem para dar de entrada para comprar aquela área? Ora, se há 600 mil reais garantidos pelo Orçamento Participativo, isso já é mais do que suficiente para se iniciar uma negociação! E eu disse para eles, e eles não sabiam.

Sabem por que os 600 mil reais? Porque o DEMHAB quer o seguinte: quando passar o prazo de um ano e aquelas famílias chegarem na mesma condição destas famílias agora da Rua Atílio Supertti, o DEMHAB espera conseguir - mas vai esperar primeiramente que elas sejam despejadas - uma outra área para levar essas famílias, e aqueles 600 mil reais que foram destinados no livrinho do Orçamento Participativo não vão ter mais valor! Vão cobrar de quem? Para começar, todos nós que conhecemos o Orçamento sabemos muito bem o seguinte: quando chega no final de um ano, aqueles valores que não foram utilizados dentro daquele ano, na verdade, deixam praticamente de existir, eles vão ser utilizados, restos a pagar, coisas assim, mas começa-se um prazo novo; é o Orçamento novo. E aquele livrinho do Orçamento Participativo fica lá no passado, ninguém pode cobrar nada. E assim, ano após ano, o PT vai enganando a população. Ano após ano, essas famílias ficam pensando que há dinheiro, realmente, para garantir a habitação para os seus filhos, para que eles não fiquem na rua, assim como estão ficando aquelas famílias da Atílio Supertti. Ano após ano, o PT vem com esse discurso absolutamente furado de que é o Governo Estadual, era antes o Governo Federal, os responsáveis por essas famílias estarem passando por esse verdadeiro desespero. Mas todo mundo sabe! Aquelas pessoas que sabem ler um processo, aquelas pessoas que vão visitar essas famílias nessas vilas sabem muito bem que o que o PT faz, ano após ano, é apenas um discurso para enganar essas famílias, para que elas pensem que existe realmente esse dinheiro, mas esse dinheiro está apenas no papel! Ele não tem essa destinação. Ele é apenas alguma coisa que existe para enganar, para que eles possam ficar 16 anos ou, quem sabe, como disse aqui o representante do PT, 20 anos na Prefeitura de Porto Alegre, para que a nossa Cidade tenha esta realidade que nós conhecemos, onde todo o mundo chora por um amanhã melhor.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 1821/01 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 108/01, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que determina ao Executivo Municipal a realização de censo habitacional.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela rejeição do Veto Total.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 04-03-04;

- encaminhou a matéria, em 11-03-04, o Vereador L.Braz.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 07-03-04 (domingo).

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o PLL nº 108/01, com Veto Total. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, quero, inicialmente, agradecer a deferência dos meus colegas Vereadores, que, a pedido do Ver. Haroldo de Souza, não votaram esta matéria na semana passada, mais precisamente na quinta-feira, porque seu autor, no caso eu, estava impossibilitado de comparecer a esta tribuna para poder sustentar a defesa. Eu acho que essa é uma boa prática, independentemente de ganharmos aqui no plenário ou não; estabelecer o contraditório e permitir que o autor da matéria, Ver. Luiz Braz, possa sustentar a sua defesa é o mínimo razoável de uma relação respeitosa das nossas diferenças, da boa prática política.

A proposição deste Projeto de Lei, meus colegas Vereadores, não foi fruto de uma coisa por acaso, de chegar e colocar mais um projeto de lei. Aliás, eu não tenho tantos Projetos de Lei nesta Casa, eu só tenho um Projeto de Lei até hoje, de nome de rua; só foi aprovado um Projeto de Lei, da minha autoria, porque foi a pedido da comunidade. Eu não propus nenhum projeto autorizativo e não pretendo propor. Mas este Projeto, entre alguns que eu tenho, parece-me que é um Projeto que tem uma certa profundidade. Não é autorizativo, não vou propor nenhum, não propus e não vou propor.

Ver. João Antonio Dib, eu o ouvi atentamente e a vários Vereadores que passaram aqui nesta tribuna. Há vários problemas na Cidade - muitos -, mas há um problema chamado habitacional na Cidade de Porto Alegre e, de resto, no Brasil. Os Governos têm dinheiro para tudo, especialmente para propaganda, Ver. Ervino Besson, e para outras coisas, para viagens, para asfalto, mas os Governos não colocam dinheiro para habitação, especialmente habitação popular, para pessoas de baixa e baixíssima renda.

E o Projeto que nós estamos propondo aqui, para discutir, diz respeito a fazermos um censo habitacional em Porto Alegre, pois a própria Lei Orgânica estabelece que, periodicamente, se deveria fazer, e o Governo não vem fazendo. Eu quero saber quantas pessoas vivem hoje em área de risco em Porto Alegre? Afinal de contas, são cinco mil? Afinal de contas, são seis mil? Quantas pessoas moram em áreas irregulares, públicas e privadas? Só o Governo do Estado tem, em Porto Alegre, 18 áreas públicas, Ver. Zé Valdir, onde há assentamento. O Governo do Município, Ver. Pestana, V. Exª conhece bem, tem várias áreas, nas quais há hoje famílias morando há 10 anos, há 15 anos, há 20 anos, há 30 anos. Nós propusemos esta matéria não para dizer como dizem os nossos queridos Vereadores da Bancada Governista: “Não, o que o Ver. Sebastião Melo quer é fazer politicagem”. Mas que politicagem é essa? Eu estou oferecendo a oportunidade para que este Governo apresente com clareza qual é a sua política habitacional.

Eu imaginava, Ver. João Dib, que a Bancada do Governo ia votar este Projeto com louvor, mas viraram as costas para este Projeto que nem o diabo para a cruz. Em 16 anos de Administração, fizeram 10 mil e 500 casinhas de 32 metros quadrados. Direito Real de Uso, infra-estrutura, nem sequer tinha para as moradias. Então, é evidente que não pode mostrar, porque este Governo é o Governo Ricupero, que só mostra aquilo que interessa. Aquilo que não interessa, eles são especialistas em fazer panfletos para dizer o seguinte: “Há casa, há moradia, há qualidade de vida.” Aliás, tem faltado papel. A Riocell parece que não está conseguindo atender mais o Governo Municipal de tantos feitos que eles colocam no papel. Mas, na verdade, é papelada para lá, papelada para cá, e o povo está que nem hoje lá na Vila Nova. A Deputada Jussara Cony dizia: "Vamos ligar para o Governo do Estado para botar o povo no Centro Vida." E eu disse: “Deputada, ligue para o Prefeito, por que a senhora quer ligar só para o Governador? A senhora quer mandar o povo lá para o Centro Vida, transferir a responsabilidade para o Governo? A senhora não tem o número do telefone do Prefeito? Se não tem, eu vou pedir a minha assessoria para lhe repassar.”

Portanto, Srª Presidenta e Srs. Vereadores, eu espero e tenho certeza, Ver. Luiz Braz, que ao fim, ao cabo, o Líder da Bancada vai conversar com a base de apoio e dizer: "Vamos derrubar este Veto em favor do povo e para mostrar a política habitacional." Eu tenho certeza, eu confio em V. Exª, Ver. Carlos Pestana. Vejo que o Ver. Marcelo Danéris, ex-Líder de sua Bancada, já manifesta a sua vontade de votar. Libere o Ver. Marcelo Danéris. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Pestana está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 108/01, com Veto Total.

 

O SR. CARLOS PESTANA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, chega a ser surpreendente aqui a manifestação do Ver. Sebastião Melo, quase cômica, é uma ousadia. A gente fica até quase sem palavras quando ouve essas manifestações do Ver. Sebastião Melo, porque ele vem se queixar da pouca produção no Município de Porto Alegre. E aí eu pergunto quantas casas o seu Governo construiu em Porto Alegre neste período do Governo do Estado? Nenhuma casa. Há mais de quatro meses que venho lançando esse desafio. Mostre-me uma. Não são as onze mil casas que Porto Alegre construiu, não são as mais de cinco mil casas que nós regularizamos, não são as mais de quatro mil e quinhentas casas que nós urbanizamos, não são as mais de cinco mil famílias de cooperativas que nós atendemos. Mas eu peço uma casa que este Governo construiu. Já faz três meses, quatro meses, e este Governo não construiu nenhuma casa. E ele tem a ousadia de vir aqui e nos questionar sobre a política habitacional, como se o seu Governo tivesse alguma. Vejam bem, pegando aquele caso que há pouco aqui conversávamos, sobre a Rua Atílio Supertti: o compromisso do Secretário Alceu Moreira não era dar 150 mil casas, Ver. Sebastião Melo, e sim conseguir uma área para 150 famílias. Pois bem, são quatorze meses e nem isso ele conseguiu - uma simples área para aquelas famílias que estão sendo despejadas. É inacreditável. E ele vem falar em censo. Deveria agradecer.

A gente não divulga mais os números, porque é escancarado. A população de Porto Alegre já está esclarecida de que a competência de resolver os problemas habitacionais é do Município, do Estado e da União. Infelizmente, não há nenhuma parceria do Estado, o qual não construiu nenhuma casa e, no ano passado, não investiu nenhum recurso. E, agora, vem aqui cobrar do Município, que está fazendo uma obra na entrada da Cidade com um custo de mais de 150 milhões de reais, ou seja, é mais do que este Governo vai investir nos seus quatro anos, é mais do que qualquer obra que alguma Capital deste País já tenha feito. E ele vem falar que nós não temos política. Quem não tem política é o PMDB, o qual, no Governo Britto, acabou com o órgão que tratava da Habitação, no Estado, que era a Cohab; o qual, no Governo Rigotto, não investiu um tostão na Habitação, que, certamente, caso algum dia assumisse a Prefeitura de Porto Alegre - como na época da eleição, com o então candidato Paulo Odone já havia sinalizado - ia vender, liquidar o DEMHAB.

Então, é muito duro ouvirmos aqui o Ver. Sebastião Melo falar em habitação. Sinceramente, eu acreditava que sobre esse tema ele ia silenciar, ia ficar quieto, não ia falar mais, ia evitar esse constrangimento, mas vejo que a sua ousadia não tem limites. Quem dera, Ver. Sebastião Melo, quem dera que o seu Governo investisse a metade, eu nem queria tudo, a metade do que nós estamos investindo em Porto Alegre na área da Habitação. Nunca se construiu tanto em Porto Alegre graças ao Departamento Municipal. Infelizmente, no Estado, nós não temos essa parceria, e não há sinal algum de que isso vá mudar num curto espaço de tempo.

Então, quero dizer à população de Porto Alegre que esta proposta do censo habitacional, feita pelo Ver. Sebastião Melo, tem o Veto do Prefeito - e é sempre importante registrar -, porque nós já fizemos esse levantamento, mais do que um censo, nós já lançamos um livro sobre a regularidade de Porto Alegre. Não temos motivo nenhum para esconder qualquer informação sobre a situação habitacional de Porto Alegre, porque nós temos a consciência clara de que investimos e investimos muito na área de Habitação. Inclusive, há poucos dias, eu trouxe aqui uma reportagem da Folha de São Paulo que sinalizava que Porto Alegre era uma referência na área da Habitação, era a Cidade que tinha a carência mais baixa na área habitacional. Isso não é dito por mim, isso é dito por um estudo que foi publicado na Folha de São Paulo. Infelizmente, desses dados o Vereador não se apropria e aproveita, neste Projeto, para querer estabelecer uma disputa com aquele setor, com aquele ente federado que mais tem investido na área de Habitação.

É por essas razões que a nossa Bancada vai manter o Veto do Prefeito ao Projeto do Ver. Sebastião Melo.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 108/01, com Veto Total.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, é engraçado o debate nesta Casa, está em votação neste momento o Projeto de Lei do Ver. Sebastião Melo que determina ao Executivo Municipal a realização do censo habitacional. Este é um tema. Agora, eles vêm aqui perguntar quantas casas o Estado fez em Porto Alegre? Que obrigação tem o Estado de fazer casas em Porto Alegre, se nós não temos mais a Cohab? O DEMHAB está lá funcionando, e eu nem estou criticando o DEMHAB, mas não tenho de esperar que o Governador faça obras em Porto Alegre, porque diz respeito a Porto Alegre, até porque recebe sempre o apoio de toda a Casa.

O que o Ver. Sebastião Melo diz para o Prefeito é o que ele sugere aqui: (Lê.) “Com efeito, o PLL interfere gravemente na organização e no funcionamento do Poder Executivo Municipal e cria despesas não previstas no Orçamento, pois o Poder Legislativo, ao estruturar e criar atribuições para Secretarias e seus órgãos de assessoramento, como a de realizar um censo habitacional no Município, acabou por praticar verdadeiro ato de administração.” Pois é isso, Ver. Sebastião Melo, V. Exª acaba de dizer ao Prefeito que ele deve administrar a Cidade.

E eu não sei por que brigam tanto aqui e falam só sobre habitações. Mas não é só o que diz o Projeto: (Lê.) “O Executivo Municipal fará registro de todas as habitações localizadas em regiões de risco na área do Município” - e precisa fazer isso com muita urgência, antes que muita gente morra - “com a descrição das condições a seguir relacionadas: I - tipo de fundações; II - tipo de construção, se de alvenaria ou outros materiais; III - tipo de cobertura; IV - número de peças; V - se há banheiros e equipamentos, pia, vaso sanitário e chuveiro, e tipo de revestimento; VI - se está ligada à rede de água; VII - se está ligada à rede elétrica; VIII - se está ligada à rede de esgoto cloacal; IX - se está ligada à rede de esgoto pluvial; X - se há cozinha e equipamento básico, constituído de pia ligada à rede de água potável; XI - metragem do terreno e da área construída.”

É um censo realmente muito complexo, e a única restrição que o Prefeito poderia dizer seria: “Ver. Sebastião Melo, em 180 dias não dá para fazer isso”. E eu confesso que em 180 dias não dá para fazer isso. Mas, uma vez implantado o levantamento, uma vez feito o censo, é muito fácil dar seqüência a ele, porque todas as alterações podem ser colocadas no computador. Nós temos uma Secretaria Municipal de Obras e Viação, uma Secretaria de Planejamento, um DEP, um DMAE, e, quando se vai aprovar e licenciar um Projeto na Prefeitura... Mas o computador está na frente deles, eles ainda mandam pelo servente, e leva-se dois anos para se aprovar um projeto.

Nós não vivemos mais nesse tempo. O que está sendo colocado aqui, realmente, é o verdadeiro ato de administração, porque a Prefeitura tinha de ter conhecimento disso. E não é, de repente, fazer escadaria, porque a rua não pode continuar dada a violência da rampa... Faz uma escadaria e ainda inaugura pagando altos valores para a Família Lima, para inaugurar uma coisa que nunca deveria acontecer de forma que desrespeita o Plano Diretor e que desrespeita a própria população. Deveriam ter buscado outras soluções. Ver. Sebastião Melo, realmente é um ato de administração que o Prefeito deixou de fazer e que outros Prefeitos antes deste também deixaram de fazer. Mas, no passado, nós sabíamos o que havia, pelo menos na periferia. Saúde e PAZ!

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Ervino Besson para está com a palavra para encaminhar o PLL nº 108/01, com Veto Total.

 

O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu não ia encaminhar este Projeto, mas, depois de ouvirmos o pronunciamento de alguns Vereadores, resolvi, em nome da Bancada do PDT, encaminhá-lo. Inclusive faço um apelo aqui, antes de fazer o meu pronunciamento, no sentido de as assessorias dos colegas Vereadores irem até os gabinetes e chamá-los para votar este Projeto do Ver. Sebastião Melo, que é de extrema importância.

Com um censo habitacional da Cidade de Porto Alegre, sem dúvida nenhuma, o Prefeito terá em seu gabinete um espelho em que ele possa ter informações sérias, informações concretas da situação em que se encontra a nossa Cidade. Digo mais a V. Exas, talvez o próprio Prefeito, com esse censo, tenha algumas surpresas. Uma delas: talvez tenhamos hoje, em Porto Alegre, mais de cem mil - ou na casa dos cem mil - imóveis irregulares. Com essa idéia do Ver. Sebastião Melo - brilhante idéia, Vereador -, a Prefeitura poderá ter um espelho, como eu já disse, da situação da Cidade de Porto Alegre. Não sei se entendi direito o pronunciamento do Ver. Pestana - não são permitidos apartes, senão daria um ao Ver. Pestana -, mas ele disse que a Prefeitura construiu 11 mil moradias populares em Porto Alegre. Onze mil moradias! Até vou fazer um Pedido de Informações: onde a Prefeitura construiu 11 mil moradias em Porto Alegre e regularizou 4 mil e 500 moradias?

Vejam V. Exas, mais uma vez vou falar da importância deste Projeto, Ver. Haroldo. Com um censo na área habitacional, a Prefeitura poderá ter todas essas informações, porque, pelo que eu sei - sou um Vereador da periferia de Porto Alegre e conheço algumas vilas de nossa Cidade -, quase todas as vilas são irregulares, vilas com problemas. Em 1961, foram inauguradas as primeiras casas habitacionais, aquele plano habitacional na Cidade de Deus, eu fui um dos co-autores, um colaborador daquele plano habitacional, que existe há mais de 40 anos, com a ajuda da população de Porto Alegre. E próximo, onde houve uma desapropriação, na mesma área pertencente ao Secretariado de Ação Social da Arquidiocese de Porto Alegre, foi feito um conjunto habitacional. Então, observem a qualidade daquelas casas que hoje têm 40 anos e caminhem uns 500 metros, 600 metros, não chega a um quilômetro, observem a qualidade daquelas residências que foram feitas por aquele plano habitacional. Comparem a qualidade do material e o conforto daquelas casas construídas na Cidade de Deus com aquelas do plano habitacional, próximo, lindeiro, na mesma área.

Portanto, para encerrar, em nome da Bancada do PDT, eu vejo que é extremamente importante este Projeto do Ver. Sebastião Melo, Projeto que, sem dúvida nenhuma, caro líder da minha Bancada, Ver. João Bosco Vaz, irá colaborar muito com o Prefeito atual e com outros que assumirão a Prefeitura Municipal, porque eles terão um espelho da situação habitacional na Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado, Srª Presidenta.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para encaminhar o PLL nº 108/01, com Veto Total.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu fico a perguntar qual é o receio, qual é o medo que tem, Ver. Luiz Braz, o Executivo de fazer um censo habitacional. Sabe qual é o medo? É que é a capital das invasões, e proporcionadas pelo Orçamento Participativo. Eu tenho fotos de várias invasões mostrando que as melhores casas são dos conselheiros do Orçamento Participativo. Então isso já é um indício de que, nesses 16 anos do PT, houve milhares de invasões na Capital e que até hoje o PT empurra com a barriga: “Fica aí!” - massas falidas que dão entrada na Justiça, no Ministério Público. E eles dizem que vão fazer a reacomodação ou levar de um bairro para outro. Tudo balela, Ver. Luiz Braz! Tudo balela! Eles estão há 16 anos na Prefeitura, não vão fazer mais nada, são só promessas! O Presidente Lula está comprando um avião. Imaginem se o dinheiro para o avião fosse colocado em Habitação!

Então, em Porto Alegre, o que nós temos hoje? Temos as pessoas com uma só alternativa: a invasão. Ela é proporcionada por esse tal de Orçamento Participativo que tem uma mídia sensacional, paga milhões para fazer uma mídia, mas na realidade... O Ver. Zé Valdir sabe, lotavam este plenário para fazer agitação; agora eu não vejo mais o Ver. Zé Valdir lotar este plenário para fazer agitação. Até porque, naquela época, o Governo do Estado era do PT. Então, toda a verba do Estado vinha para Porto Alegre, para o Orçamento Participativo. Era uma jogada política muito bem feita, que toda a verba... Por exemplo, o Comude hoje que tem em Porto Alegre...eles faziam com que, em Porto Alegre, viesse a verba do Governo do Estado. Iludiam o cidadão porto-alegrense! Esse aspecto esgotou.

Medo do censo por quê? Vai dar uma radiografia de Porto Alegre em termos de invasões, que proliferaram abundantemente nesses 16 anos. Mas há dados desencontrados para que nós possamos avaliar. Então, propõe-se um censo para que nós possamos ajudar, para que a Casa possa, sendo Legislativo, ajudar, e o Executivo não quer, não quer ver a realidade de Porto Alegre, que é a Capital.

Eu ouvi o Ver. Carlos Pestana dizendo que Porto Alegre é as mil maravilhas. Muitas vezes, nós temos receio de criticar Porto Alegre, que é a nossa Capital, mas não podemos tapar o sol com a peneira: o Centro foi liquidado. A Cidade Viva, que eles mostram, eu não consigo... A Cidade reclama que há invasão na Zona Sul, na Zona Leste, na Zona Oeste e assim por diante; as pessoas reclamam, aqui, na Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor e Direitos Humanos. Há, por exemplo, uma senhora para quem o DEP prometeu, mas não reconstruiu, não organizou a sua casa, que foi praticamente liquidada por uma enchente, por obras da Prefeitura que prejudicaram a construção da sua casa.

Então, esse aspecto do censo é fundamental para que a Prefeitura... A Prefeitura tem medo do quê? “Ah, não pode fazer!” Ah, mas se essa idéia, imaginem, fosse do Orçamento Participativo! Ah, se essa idéia fosse do Orçamento Participativo! “Vamos fazer, porque foi uma idéia do Orçamento Participativo; vamos fazer porque o Orçamento Participativo, que é um canal político do PT, do Executivo Municipal, não tem mais a finalidade de resolver os problemas das comunidades.” Tem, sim, o objetivo de fazer campanha política. Agora, começam as plenárias, Ver. Wilton Araújo. Logo agora, Ver. João Antonio Dib, que estamos perto da eleição! Aí, eles vão começar a prometer: “Nós vamos resolver o problema do bairro tal, do outro bairro.” Tudo mentira, balela! Obrigado, Presidenta.

 

 (Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Solicito a liberação do painel para que seja verificado o quórum. Por favor, Srs. Vereadores e Sras Vereadores, registrem suas presenças. (Pausa.)

Na apreciação do Veto, eu esclareço: SIM, aprova o Projeto, rejeita o Veto; NÃO, rejeita o Projeto, aceita o Veto da maioria absoluta dos membros. (Pausa.)

Eu havia solicitado verificação de quórum, corrijo: é a votação nominal do PLL nº 108/01. (Pausa.)

 

O SR. CARLOS PESTANA: Verª Margarete Moraes, eu gostaria só de trocar o SIM pelo NÃO, por conta da primeira informação, pois achei que era presença.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre Presidenta, quando V. Exª anunciou que era verificação de quórum, nós demos presença e ficou SIM; na verdade, era feita a correção para a votação do Projeto. Portanto, o meu voto é NÃO.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal o PLL nº 108/01. (Após a apuração nominal.) APROVADO por 15 votos SIM e 07 NÃO; considerando-se mantido o Veto e rejeitado o Projeto. (Art. 77, parágrafo 4º da LOM.)

 

O SR. CARLOS PESTANA (Requerimento): Srª Presidenta, solicito inversão da ordem dos trabalhos, acordada com a Liderança da Oposição, na seguinte ordem: PLL nº 428/03, PELO nº 004/02, PLL nº 180/01, PLL nº 181/01, PLL nº 010/03, PLL nº 026/03, PLL nº 147/03, PLL nº 202/03, PLL nº 305/03, PLL nº 334/03, PLL nº 340/03, PLL nº 346/03, PLL nº 368/03, PLL nº 401/03, PLL nº 407/03, PLL nº 421/03, PLL nº 430/03, PR nº 091/03, PR nº 093/03, PR nº 097/03, PR nº 117/03 e os Requerimentos: 210/03, de autoria da COSMAM; 51/04, Requerimento coletivo; 035/04; 036/04; 038/04; 034/04; 052/04; 049/04; 051/04; 054/04; 053/04; 055/04; 200/04 e 210/03, de autoria do Ver. Sebastião Melo.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): (Lê.): “Tendo em conta o disposto a Lei Complementar nº 382, de 24 de julho de 1996, que regulamenta o art. 103 da Lei Orgânica do Município, encaminhamos a presente solicitação para realização de Audiência Pública, com a finalidade de maiores esclarecimentos sobre o que diz com os Projetos de Lei Complementar do Executivo nº 010/03 (Processo nº 5347/03) e nº 008/03 (Processo nº 5346/03), sendo que o primeiro fixa alíquotas de contribuição previdenciária para fins de custeio do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre e o segundo altera a redação do parágrafo 3º do art. 5º da Lei Complementar nº 478/02, porquanto as matérias são de extrema relevância para os Servidores Públicos Municipais.” Assinam este Requerimento a Verª Clênia Maranhão, Ver. João Bosco Vaz, Ver. Reginaldo Pujol, Ver. Carlos Pestana, Ver. Sebastião Melo, Ver. Cassiá Carpes, Ver. Cláudio Sebenelo, Ver. Beto Moesch, entre outros. Passo a Vossa Excelência.

 

 (Procede à entrega do documento à Mesa.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Ver. Sebastião Melo, eu vou encaminhar à Diretoria Legislativa para instrução e, tão logo tenha essa informação, manifestar-me-ei perante este Plenário.

Em votação o Requerimento referente à ordem dos Projetos a serem apreciados na Ordem do Dia, de autoria do Líder da Situação, Ver. Carlos Pestana, e pelo Líder da Oposição, Ver. João Bosco Vaz. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 5891/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 428/03, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Soberano Grão-Mestre do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, Desembargador Juracy Vilela de Sousa.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 26-02-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 428/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 428/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. N.º 2155/02 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N.º 004/02, de autoria do Ver. Beto Moesch, que acrescenta o inciso VIII ao § 1º do art. 236 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. (combate a queimadas)

 

Parecer:

- da Comissão Especial. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- discussão geral nos termos do art. 130 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 01-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PELO nº 004/02 de autoria do Ver. Beto Moesch. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Encerrada a discussão.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 2688/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 180/01, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que denomina Unidade de Saúde Doutor Edson de Moura Braga a Unidade de Saúde Belém Novo, localizada na Rua Florêncio Farias, 195, no Bairro Belém Novo.

 

Pareceres:

- da  CCJ. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela aprovação do Projeto;

- da  CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da  CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto;

- da  COSMAM. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 04-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 180/01. (Pausa.)

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO (Requerimento): Solicito o adiamento da discussão do PLL nº 180/01 por duas Sessões.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Concordamos com a proposição. Como o Dr. Goulart não está presente...

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que solicita adiamento da discussão do PLL nº 180/01 por duas Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com um voto contrário.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 2689/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 181/01, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que dá nova redação ao art. 1.º da Lei n.º 7.385, de 23 de dezembro de 1993, e alterações posteriores, que denomina Avenida Neusa Goulart Brizola um logradouro público, localizado no Bairro Petrópolis.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 10-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 181/01. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 0729/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 010/03, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que torna obrigatória, nos bares, restaurantes e similares, a afixação de placas informativas sobre saúde alimentar, em local visível ao consumidor. Com Emenda n.º 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da COSMAM. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 01-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 010/03, com ressalva da Emenda a ele aposta. O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para discutir.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o Projeto de Lei apresentado pelo Ver. Aldacir Oliboni é de grande alcance social e, certamente, não é, como jocosamente ouvi anti-regimentalmente, uma intervenção dizendo “Onde é que seria a nova feira?!”. Não tem nada a ver com feira este Projeto. Este Projeto trata de placas informativas nos estabelecimentos, nos restaurantes da Cidade, sobre informações alimentares.

Ainda nesta semana foi notícia, nacional e internacional, a realidade da obesidade no mundo. Os Estados Unidos, para terem idéia, chegaram a ultrapassar a barreira dos 60% de obesos - já estão com quase 65% de obesos nos Estados Unidos. Isso é uma epidemia já comparada aos malefícios que o cigarro traz à saúde. O número de mortes que a obesidade está causando, e suas conseqüências, obviamente, já é comparado ao número de mortes causadas pelos usuários do tabaco no mundo. Este Projeto é muito sério e oportuno.

Temos na Cidade de Porto Alegre um sem-número de estabelecimentos comerciais que deverão, segundo o Projeto, afixar informações alimentares em algum lugar. Acho que todos os Vereadores deveriam debruçar-se sobre este Projeto e sobre outros Projetos, que estão em curso na Casa, que tratam do assunto. Se não me falha a memória, há um Projeto do Ver. Adeli Sell que trata da merenda escolar, que é sobre obesidade. Mas também há um de autoria deste Vereador que trata da fixação da pirâmide alimentar e da embalagem alimentar nos fast food da Cidade, que também vem nesta linha. Então, há um movimento, e a Câmara Municipal de Porto Alegre está sensível a essa epidemia mundial. Por isso, fiz questão de subir à tribuna para defender a aprovação deste Projeto, que tem por finalidade colocar nos bares, restaurantes e similares placas com os dizeres: “Promova sua saúde. Evite o excesso de sal, açúcar e gordura.” Uma coisa bem simples, bem objetiva, mas que vai, sim, ter reflexos na Saúde Pública, Ver. Cláudio Sebenelo - V. Exª, que tem atividade na Saúde Pública, sabe que a obesidade entre nós já está beirando quase os 50%. E quanto a isso, hão de dizer: “Mas num país de subnutridos? Num país que tem pouco dinheiro?” Mas não é a quantidade, é a qualidade e, principalmente, a cultura de como se come e o que se come. Pode-se, dentro de regras, de instruções, de acompanhamento técnico e específico de nutricionistas, saber - e aí a Saúde Pública entra muito bem, Ver. Aldacir Oliboni.

 

O Sr. Aldacir Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, eu fico satisfeito com a sua defesa do Projeto, até pelo acordo, abri mão da defesa deste Projeto, mas é exatamente o que V. Exª está falando. Muito obrigado.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Concluindo, então, a Saúde Pública deve estar voltada para esse tipo de coisa, não só na iniciativa privada. Este aqui vai estar nos bares e restaurantes. Os outros Projetos...um fala das merendas escolares dentro dos estabelecimentos particulares e também públicos, mas, mais do que isso, tem de se implantar uma política para atacar essa epidemia. E Porto Alegre, que eu tenha notícia, não pensou nisso ainda.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Concluo o meu pronunciamento com a sua manifestação.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: Eu não quero quebrar o acordo que foi feito de não se encaminhar a matéria. A minha preocupação - eu penso que V. Exª tem toda a razão - é que nós estamos fazendo tantas leis aqui para colocar coisas nas paredes dos restaurantes e dos bares que vai faltar parede para isso. Mas o que se vai escrever na parede?

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Agradeço a V. Exª. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o PLL nº 010/03. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Em votação a Emenda nº 01 aposta ao PLL nº 010/03. (Pausa.)

 

O SR. ISAAC AINHORN: Srª Presidenta, solicito votação nominal.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Isaac Ainhorn, a Emenda nº 01 ao PLL nº 010/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 15 votos SIM e 10 votos NÃO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 1188/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 026/03, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que torna obrigatória em bares, restaurantes, casas de diversão e similares, no Município de Porto Alegre, a colocação de cartazes informativos referentes à proibição da venda de bebidas alcoólicas cigarros e assemelhados, a crianças e adolescentes menores de idade. Com Emendas n.os 01 e 02.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto e das Emendas n.os 01 e 02;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto e das Emendas n.os 01 e 02;

- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto; Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação das Emendas n. os 01 e 02;

- da COSMAM. Relator Ver. Renato Guimarães: pela aprovação do Projeto e das Emendas n.os 01 e 02.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 10-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 026/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.

 

O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Pode-se discutir a Emenda?

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agora já está em votação, Ver. Isaac Ainhorn. Não estamos votando as Emendas. Estamos votando o PLL nº 026/03 de autoria do Ver. Cassiá Carpes.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Isaac Ainhorn, o PLL nº 026/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 18 votos SIM, 02 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, as Emendas nºs 01 e 02 ao PLL nº 026/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADAS por 22 votos SIM, 03 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 2928/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 147/03, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que institui a Semana de Educação e Conscientização sobre os Riscos do Alcoolismo no Município de Porto Alegre e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Beto Moesch: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 26-02-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 147/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza, o PLL nº 147/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 21 votos SIM e 02 votos NÃO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 3588/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 202/03, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que dá nova redação ao art. 3.º da Lei n.º 8.828, de 13 de dezembro de 2001, que cria a Calçada da Fama para homenagear e eternizar os gaúchos que marcaram o Século XX.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 11-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 202/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 4295/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 305/03, de autoria do Ver. Zé Valdir, que denomina Rua Santa Rosa de Lima um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Rubem Berta.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 01-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 305/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 4384/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 334/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Euchares Soares da Silva um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 26-02-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 334/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 4412/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 340/03, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que denomina Rua Atalicio Ferreira de Borba um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 26-02-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 340/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 4519/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 346/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Adda Luiza Eifler Cordeiro um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi. Com Emenda n.º 01. 

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto e da emenda n.º 01;

- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 01-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 346/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Em discussão a Emenda nº 01 ao PLL nº 346/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 4989/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 368/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Flávio Pereira um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 01-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 368/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 5305/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 401/03, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Rua Edemilson Santos Silva um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Espírito Santo.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 11-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 401/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 5422/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 407/03, de autoria do Ver. Zé Valdir, que denomina Av. Arroio Feijó um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 26-02-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 407/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 5725/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 421/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Recanto da Floresta um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Floresta.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 04-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 421/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 5912/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 430/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Ademar Correia Silva um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 08-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 430/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 5220/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 091/03, de autoria do Ver. Wilton Araújo, que concede o título honorífico Flávio França ao Clube Esportivo Arsenal.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 26-02-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 091/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 5300/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 093/03, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” à Banda da Saldanha Marinho.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 26-02-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 093/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 5727/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 097/03,  de autoria dos Vereadores Almerindo Filho e João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Líder Comunitária à Senhora Rosalina Conceição. 

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 10-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 097/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 6209/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 117/03,  de autoria dos Vereadores Renato Guimarães, Margarete Moraes, Maria Celeste e Carlos Alberto Garcia, que cria a Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual na Câmara Municipal de Porto Alegre. Com Emenda n.º 01. 

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 03-03-04.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 117/03, com Emenda nº 01. (Pausa.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidenta, solicito que seja lida a Emenda.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): (Lê Emenda nº 01 ao PR nº 117/03.) “Emenda nº 01 - Supressiva. Cria a Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual na Câmara Municipal de Porto Alegre.

Art. 1.º - Suprime o art. 4º, renumerando os demais.

Justificativa: Adequação do Projeto ao Parecer da Procuradoria desta Casa Legislativa.”

Assina o Ver. Renato Guimarães.

O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir o PR nº 117/03.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu gostaria de protestar contra este Projeto, porque nós temos aqui na nossa Câmara de Porto Alegre assuntos muito mais importantes que merecem uma frente parlamentar para a luta desta Câmara Legislativa. Nós temos o desemprego, nós temos a violência, nós temos a prostituição, nós temos a miséria. E nós aqui abrimos uma Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual. Meu Deus do céu! Onde estamos? Eu fico triste, porque vejo Vereadores e Vereadoras perdendo o seu tempo, estimulando práticas sexuais que não precisam ser estimuladas. Elas ocorrem, nós defendemos, mas não estimulamos. Então, coloco aqui o meu protesto: esta Câmara tem assuntos mais importantes a discutir e a debater do que este Projeto. Lamento e expresso a minha grande tristeza.

(Não revisto pelo orador.)

 

(O Ver. Elói Guimarães assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A presença deste Vereador na presidência dos trabalhos dá-se em razão de a Presidenta da Casa, que estava presidindo os trabalhos, ser co-autora do Projeto de Resolução ora em discussão.

Não há mais quem queira discutir. Em votação o PR nº 117/03. O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para encaminhar a votação do PR nº 117/03. (Pausa.) Desiste.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Pedro Américo Leal, o PR nº 117/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 19 votos SIM, 02 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

Em votação a Emenda nº 01 ao PR nº 117/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA com voto contra do Ver. João Carlos Nedel.

 

(A Verª Margarete Moraes reassume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço ao Ver. Elói Guimarães, Vice-Presidente. Passamos aos Requerimentos, conforme acordo entre as Lideranças da Oposição e da Situação.

Em votação o Requerimento nº 051/04, de autoria coletiva. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação o Requerimento nº 210/03, de autoria da COSMAM. (Pausa.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: A indagação é simples. Eu acho que isso é um direito que assiste ao Vereador fazer este Pedido de Informação ao Governo do Estado; está na Constituição do Estado. Então, acho que independe de resolução do Plenário. Eu votei a favor, evidentemente, mas acho que ele é despiciendo.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Ver. Reginaldo Pujol, essa sua dúvida também é nossa, e já foi encaminhado um pedido à CCJ. Enquanto não obtivermos essa resposta, nós estaremos submetendo à votação no plenário.

 

O SR. BETO MOESCH (Questão de Ordem): Esse assunto tem sido debatido aqui na Casa, é importante termos mais informações para casar as informações do Município com as do Governo do Estado, isso foi deliberado em reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, onde o próprio DMAE pediu que nós solicitássemos essas informações. Nós entendemos - e foi realmente solicitado à Comissão de Constituição e Justiça, por meio da minha pessoa e do Ver. Sebastião Melo - o seguinte: como é uma informação, isso poderia ser ou apregoado em Plenário ou ad referendum da Presidenta, para que, então, fosse encaminhado ao Governo como sendo da Câmara. Mas é um entendimento, e eu acho que vale o debate para que nós possamos agilizar um pouco mais as deliberações desta Casa, principalmente quando vêm da sociedade. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada, Ver. Beto Moesch.

 

O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Srª Presidente, fazendo a leitura do art. 12 da Constituição Estadual, este Vereador entende que aquele artigo fala em instituição. Ele diz que quem pode pedir informação é a instituição Câmara Municipal. Eu entendo que, se é a instituição, realmente, ela fala pela vontade da maioria do seu Plenário. Então, por isso, particularmente, Presidenta, entendo que não é despicienda a votação.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Mesa já informou a sua posição, que é uma consulta à CCJ. Enquanto não obtivermos essa resposta, nós estaremos procedendo à votação.

 

Em votação o Requerimento nº 210/03. (Pausa.) Os Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Em votação o Requerimento nº 035/04, de autoria da Verª Clênia Maranhão. (Pausa.) Os Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Em votação o Requerimento nº 036/04, de autoria do Ver. Cassiá Carpes. (Pausa.) Os Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação o Requerimento nº 038/04, de autoria da Mesa Diretora. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu tive a oportunidade, quando a assessoria do Ver. Dr. Goulart me mostrou este Requerimento, de salientar um fato que é tradição aqui na Casa: nunca a valorosa Bancada de Vereadores simpáticos ao Sport Club Internacional negou oportunidade para que nós, gremistas, homenageássemos o nosso clube nos seus momentos festivos. Seria absolutamente estranhável, deplorável e, sobretudo, não seria digno da tradição desta Casa que nós, agora, Ver. Juarez Pinheiro - V. Exª que foi autor de um dos Requerimentos, eu me lembro, homenageando o nosso clube, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense -, viéssemos a mudar essa tradição. Eu até, na ocasião, sugeri que fossem colhidas as assinaturas dos Srs. Vereadores e acho que todos assinaram. Eu acho que é absolutamente tranqüilo que todos nós vamos apoiar a iniciativa do Ver. Dr. Goulart. Subscrevemos a sua proposta; seria até desnecessário ela ser submetida ao Plenário, só o é em função da determinação regimental, porque é evidente que nós não só iremos apoiar o Requerimento, como estaremos aqui presentes no dia da homenagem ao Sport Club Internacional, porque, apesar da nossa divergência clubística ser insuperável, preciso manter viva uma entidade esportiva que me dá as maiores alegrias que eu já gozei. Porque eu só me sinto feliz quando, no campo esportivo, vence o Internacional dentro da regra do jogo. No resto, o Internacional merece de mim os maiores elogios e sobretudo as maiores homenagens. Quero estar, com toda a Casa, no dia determinado, homenageando o Sport Club Internacional. Era isso, Srª Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o Requerimento nº 038/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Em votação o Requerimento nº 034/04, de autoria do Ver. Ervino Besson. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: As Lideranças haviam assinado um Requerimento no sentido de ser outorgada a representação do Ver. Elói Guimarães. Eu acho que, como já ocorreu inclusive o conclave, seria ad referendum do Plenário, é só para nós consolidarmos o que já ocorreu; eu sei que a Câmara foi muito bem representada nesse conclave pelo competente Ver. Elói Guimarães.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o Requerimento nº 052/04, de autoria do Ver. Elói Guimarães. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO

Em votação o Requerimento nº 049/04, de autoria do Ver. Haroldo de Souza. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Em votação o Requerimento nº 054/04, de autoria do Ver. Ervino Besson. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Em votação o Requerimento nº 053/04, de autoria do Ver. Ervino Besson. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Isaac Ainhorn, o Requerimento nº 055/04, de autoria da Verª Maristela Maffei. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Oito votos SIM,  03 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO. Votação nula face à inexistência de quórum.

Não há quórum para darmos continuidade aos trabalhos.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h51min.)

 

* * * * *